Instituições financeiras esperam deflação no Brasil em agosto

Expectativa é de queda nos preços de bens e serviços no país.

Instituições financeiras preveem deflação no IPCA de agosto de 2025, com recuo de 0,15%.

Expectativa de deflação no Brasil

Instituições financeiras e consultorias estão prevendo uma deflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,15% para agosto de 2025. Essa expectativa, que foi confirmada por 10 entidades consultadas pelo Poder360, indica um recuo nos preços de bens e serviços em relação ao mês anterior.

O IPCA, que mede a inflação oficial do Brasil, apresentou uma taxa de 0,26% em julho, e a previsão é de que a desaceleração em agosto siga a tendência observada em agosto de 2024, quando a deflação foi de 0,02%. O dado que será divulgado pelo IBGE no dia 10 de setembro de 2025 é aguardado com atenção pelos analistas e pelo mercado.

Detalhes das projeções

A mediana das estimativas aponta para uma queda que varia entre -0,13% e -0,17%. Especialistas acreditam que a deflação pode ser impulsionada por alguns grupos de produtos que estão com preços em baixa, contribuindo para a redução da taxa geral de inflação.

A economista Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, destacou que certos produtos devem exercer pressão para baixo na taxa. A previsão é de que a taxa anualizada do IPCA, que estava em 5,23% em julho, deve cair para 5,10% nos 12 meses encerrados em agosto. Essa taxa ainda se manterá acima do teto da meta de inflação, que é definido em 4,5% ao ano.

“A deflação é um reflexo das condições econômicas atuais e pode impactar as decisões de consumo e investimento.”

Impactos no mercado e na economia

A deflação no Brasil pode ter diversas implicações para o mercado e para a economia em geral. Se confirmada, essa queda nos preços pode influenciar o comportamento dos consumidores, que podem adiar compras na expectativa de preços ainda mais baixos. Além disso, a deflação pode afetar a arrecadação tributária e as expectativas de investimento das empresas.

Os setores que mais podem ser impactados incluem bens de consumo, serviços e produtos alimentícios, que costumam ser os mais sensíveis às variações de preços. O cenário também é de atenção para o mercado financeiro, que pode responder a essas mudanças nas expectativas de inflação.

O que observar nos próximos meses

O cenário macroeconômico brasileiro continua sendo desafiador, com a inflação ainda acima das metas estabelecidas. As projeções de deflação trazem à tona a necessidade de monitoramento das políticas econômicas e das medidas que podem ser necessárias para estabilizar a economia. O acompanhamento da divulgação dos dados do IPCA será crucial para entender a trajetória da inflação nos próximos meses.

As expectativas de deflação e suas consequências para a economia e o mercado de trabalho devem ser acompanhadas, especialmente em um contexto onde as decisões de política monetária poderão ser influenciadas por esses dados. As autoridades devem estar preparadas para adotar medidas que possam responder a essa dinâmica econômica em evolução.

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