Chefão invisível dos data centers impulsiona o boom da IA no Golfo

Zachary Cefaratti se destaca na intermediação de negócios relacionados à inteligência artificial e data centers.

Zachary Cefaratti é uma figura central no crescimento da inteligência artificial no Golfo.

Zachary Cefaratti, um ex-ator mirim que se tornou banqueiro de investimento, emergiu como uma figura chave no cenário do boom da inteligência artificial (IA) no Golfo. Quando uma empresa de IA de Abu Dhabi precisou acessar um grande data center na França, Cefaratti foi o intermediário escolhido, utilizando sua vasta rede de contatos que inclui nomes de peso como Sam Altman, da OpenAI. Essa conexão demonstra como o conhecimento técnico e as relações pessoais são essenciais no setor.

O papel de Zachary Cefaratti no setor de tecnologia

Cefaratti, aos 37 anos, é o fundador da consultoria Dalma Capital e atua como um especialista discreto em data centers e tecnologia no Oriente Médio. Seu portfólio de clientes inclui o G42, presidido pelo xeque Tahnoon bin Zayed al-Nahyan, e o fundo soberano de Abu Dhabi, o ADQ. Com a crescente demanda por infraestrutura de computação capaz de suportar a IA, a atuação de Cefaratti se torna cada vez mais relevante.

Recentemente, a Dalma Capital assessorou o grupo G42 em uma parceria com uma hiperescaladora de renome, e Cefaratti foi fundamental em um acordo que uniu a Core42, uma subsidiária da G42, à empresa francesa DataOne. Seu impacto se estendeu também ao Telegram, onde coorganizou a emissão de títulos de US$ 1,7 bilhão, demonstrando sua capacidade de conectar empresas com investidores e recursos no Golfo.

“Ele é um chefão invisível nos data centers”, comentou Andy Tang, sócio da Draper Associates, destacando a influência que Cefaratti exerce nas negociações do setor.

O contexto do boom da IA no Golfo

A aposta dos Emirados Árabes Unidos em se tornar um centro de inovação em IA reflete uma estratégia mais ampla de diversificação econômica. A IA é conhecida por consumir grandes quantidades de energia e ser intensiva em capital, o que torna a infraestrutura necessária para suportar essa tecnologia um ativo valioso. Cefaratti acredita que os Emirados podem se tornar um exportador de inteligência, alavancando sua posição geográfica e financeira.

Após um período difícil em sua carreira, marcado por investigações e penalidades, Cefaratti conseguiu se reinventar. Ele reflete sobre seu passado: “Acho que o grande erro que cometi foi não levar isso a sério”. Essa mudança de foco para o setor tecnológico deu novo fôlego à sua trajetória, permitindo que ele aproveitasse as oportunidades que surgiram durante a pandemia de Covid-19.

O que esperar do futuro da IA no Golfo

Com a crescente ênfase em IA e tecnologia no Golfo, as perspectivas futuras são promissoras. Os investimentos em infraestrutura de data centers devem aumentar, acompanhando a demanda por soluções de inteligência artificial. Cefaratti, por sua vez, está bem posicionado para capitalizar essas tendências, afirmando que está preenchendo uma lacuna no mercado que requer um conhecimento profundo e uma abordagem técnica na consultoria de investimentos.

O mercado de tecnologia no Golfo está em franca expansão, e com executivos como Cefaratti liderando o caminho, espera-se que novos desenvolvimentos e inovações continuem a emergir. Essa trajetória não só redefine o horizonte econômico da região, mas também a coloca como um dos principais polos de inovação tecnológica do mundo.

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