Advogado afirma que suspeitos estão em risco após ameaças em Icaraíma

Famílias buscam respostas enquanto investigações seguem em sigilo.

As famílias dos desaparecidos em Icaraíma buscam respostas enquanto o advogado relata ameaças recebidas.

As famílias dos quatro desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, continuam sua busca por respostas. Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso desapareceram após uma cobrança de dívida relacionada à venda de uma propriedade rural. As autoridades seguem com as investigações em sigilo e os dois suspeitos continuam foragidos até a data de hoje.

Em entrevista à Ric RECORD Maringá, o advogado Renan Farah, que representa Antônio e Paulo Buscariollo, alegou que seus clientes são inocentes. Ele mencionou que, como advogado criminalista, possui várias linhas de defesa, mas que a situação é complexa. “Podemos considerar a tese de legítima defesa, mas isso exige que o réu admita a ação”, explicou Farah.

Além disso, o advogado denunciou que os Buscariollos foram ameaçados de morte por amigos dos desaparecidos em Icaraíma, incluindo ameaças que foram formalmente registradas no processo. Durante a entrevista, Farah mostrou capturas de tela que evidenciam as ameaças que recebeu por continuar defendendo os Buscariollos. “Um homem que se identificou como José disse que, se eu prosseguisse no caso, não estaria mais vivo. Eles estão marcados porque mataram amigos deles e qualquer um que os defenda corre o mesmo risco”, afirmou.

Farah assumiu a defesa dos suspeitos uma semana após o desaparecimento dos quatro homens, mas alegou que só teve acesso ao processo na última sexta-feira (5). “Compreendo que o inquérito deve ser mantido em sigilo, mas não de forma absoluta. Não faz sentido não ter acesso ao que já foi concluído”, argumentou. O advogado também defendeu que o sinal do celular de pai e filho pode provar que eles não estiveram no local do crime, afirmando que conseguirão demonstrar sua inocência.

Nas redes sociais, as famílias de Alencar, Rafael, Robishley e Diego levantaram questões sobre a versão apresentada pelo advogado. A esposa de Rafael questionou: “Se são inocentes, por que então eles fugiram?”. A advogada Josiane Bichet, que representa uma das famílias, destacou que a investigação já apresenta os suspeitos como investigados com base nas provas coletadas.

O que ocorreu no caso dos desaparecidos

O desaparecimento dos quatro homens em Icaraíma gerou grande comoção na região, levando as famílias a oferecer recompensas por informações que levassem ao seu paradeiro. As circunstâncias em que ocorreram os desaparecimentos são complexas e envolvem uma cobrança de dívida que, segundo relatos, pode ter gerado um conflito entre as partes envolvidas.

As autoridades locais estão trabalhando para esclarecer os fatos, mas o sigilo das investigações tem gerado frustração entre os familiares. É vital que a zona de conforto das investigações não comprometa a busca por justiça e pela verdade.

A situação das ameaças

O advogado Renan Farah trouxe à tona a questão das ameaças recebidas, que aumentam a tensão em um caso já delicado. A revelação de que os Buscariollos estão sob risco por causa de sua defesa levanta preocupações sobre a segurança dos envolvidos. Em um clima de incertezas, as ameaças não só atingem os acusados, mas também o próprio advogado, que se vê na linha de frente de um caso complexo.

“Um homem que se identificou apenas como José disse que, se eu continuasse no caso de Icaraíma, não continuaria vivo”.

Farah busca garantir a segurança de seus clientes enquanto tenta montar uma defesa sólida, o que se torna cada vez mais difícil em meio a pressões externas e ameaças. O papel de um advogado em casos como este é crucial, e a proteção de todos os envolvidos deve ser prioridade nas investigações.

Questões levantadas pelas famílias

As famílias dos desaparecidos também têm suas próprias preocupações e questionamentos sobre a condução do caso. A dúvida sobre a inocência dos suspeitos e a maneira como estão sendo tratados pelas autoridades é um tema recorrente nas discussões. As informações divulgadas geram um efeito dominó, impactando tanto a defesa quanto a percepção pública sobre o caso.

À medida que os desdobramentos ocorrem, é essencial que as investigações continuem de forma transparente e que as vozes das famílias sejam ouvidas. O clamor por justiça e respostas é um sentimento compartilhado por todos os envolvidos, e o desfecho desse caso pode influenciar a confiança da população na integridade das investigações policiais.

O desfecho do caso de Icaraíma é ainda incerto, mas a luta das famílias por respostas é uma constante. A pressão sobre as autoridades para que conduzam uma investigação justa e efetiva é fundamental. A proteção dos envolvidos, tanto dos acusados quanto das vítimas, deve ser uma prioridade. A sociedade aguarda por um desfecho que traga clareza e justiça para todos os envolvidos.

EM ALTA

MAIS NOTÍCIAS!