
Desmatamento na Amazônia cresce 18% e acende sinal de alerta ambiental
O desmatamento na Amazônia cresceu 18% entre agosto de 2024 e março de 2025, segundo monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Ao todo, foram devastados 2.296 quilômetros quadrados (km²) de floresta, área superior à de Palmas, capital do Tocantins.
O dado contraria a tendência de queda observada no ano anterior, quando a devastação ficou em 1.948 km² no mesmo período. Apesar de ainda estar abaixo do pico histórico registrado entre agosto de 2020 e março de 2021 — com alarmantes 5.552 km² —, o aumento recente preocupa ambientalistas.
Sinal de alerta em ano de COP30
Para especialistas, o crescimento no desmatamento em pleno início de 2025 exige medidas urgentes. “Estamos em uma janela de tempo com maior frequência de chuvas, que costuma inibir a devastação. Ver esse aumento agora é grave”, afirma Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.
O cenário é especialmente delicado diante da aproximação da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, em novembro.
Municípios e estados mais afetados
Em março de 2025, Apuí, no Amazonas, concentrou 38% do desmatamento no estado, liderando o ranking com 15 km² de floresta derrubada. Na sequência aparecem:
• Itaituba (PA) – 13 km²
• Maués (AM) – 11 km²
• Colniza (MT) – 11 km²
• Nova Maringá (MT) – 8 km²
Entre os estados, o Mato Grosso foi o maior responsável pelo desmatamento no mês, com 65 km² de vegetação suprimida — 39% do total registrado no bioma.
Queimadas em queda, mas com números ainda altos
Apesar da alta no desmatamento, o número de queimadas caiu 69% no início de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Ainda assim, o Inpe contabilizou 2.629 focos de calor nos primeiros quatro meses do ano.
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