Paraná segue sem casos desde 2020, mas intensifica a prevenção
A vacinação contra o sarampo é reforçada no Paraná após a confirmação de casos da doença em estados como Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul. Mesmo sendo casos importados, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para o risco de reintrodução do vírus.
O Paraná não registra casos de sarampo desde 2020 e óbitos desde 1998. No entanto, como o vírus é altamente contagioso, a prevenção precisa ser contínua.
Transmissão rápida e invisível
O sarampo se espalha pelo ar por gotículas de saliva ao tossir, espirrar ou até respirar. Essas partículas podem permanecer suspensas por horas, aumentando o risco de contágio.
“Precisamos manter nossa vigilância em saúde atenta e reforçar a vacinação, não só das crianças, mas também de adolescentes e adultos”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Ações emergenciais na fronteira com SP
A vacinação contra o sarampo é reforçada no Paraná, principalmente nas cidades que fazem divisa com São Paulo. A prioridade é proteger profissionais com alto contato com viajantes, como trabalhadores de postos de combustíveis e hotéis.
A Sesa também solicitou ao Ministério da Saúde um novo lote de vacinas para aplicar doses de reforço em quem já foi vacinado há mais de dez anos.
Quem deve se vacinar?
A imunização é gratuita pelo SUS, por meio das vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetraviral (inclui varicela).
• Pessoas de 12 meses a 29 anos: duas doses
• De 30 a 59 anos: uma dose
• Profissionais da saúde: duas doses, independentemente da idade
• Crianças de 15 meses: recebem a tetraviral
No Paraná, a cobertura da tríplice viral foi de 100% na primeira dose e 88,13% na segunda em 2024. Neste ano, os índices estão em 110% e 75%, respectivamente.
Campanha nas escolas e Dia D
A vacinação contra o sarampo é reforçada no Paraná com ações diretas nas escolas, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação. Além disso, o Dia D de Multivacinação será realizado em 10 de maio para alcançar ainda mais pessoas.
Sesa orienta municípios e profissionais
Todos os municípios têm doses disponíveis. A orientação é intensificar a busca ativa por pessoas com vacinação pendente ou incompleta.
Casos suspeitos devem ser notificados imediatamente. É fundamental coletar amostras corretamente e identificar contatos próximos para evitar novos surtos.
Sintomas exigem atenção
Os sintomas incluem:
• Febre alta
• Manchas vermelhas na pele (primeiro no rosto e atrás das orelhas, depois pelo corpo)
• Tosse, coriza e conjuntivite
• Dor de cabeça, indisposição e diarreia
Pacientes devem permanecer isolados por cinco dias após o surgimento das manchas. Como não existe tratamento específico, a prevenção pela vacina é a melhor arma.
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