Anistia a Bolsonaro: Articulação de Caiado Acelera Debate no Congresso e Provoca Reação do PT

A movimentação liderada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), em defesa de uma anistia para Jair Bolsonaro (PL) e outros envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, intensificou a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Motta, inicialmente hesitante, agora admite a aliados que a crescente adesão de partidos de centro-direita torna a votação do tema “quase inevitável”.

A iniciativa de Caiado ganhou força após uma reunião com governadores em 7 de agosto, onde consolidou a defesa de uma anistia ampla. Esse encontro marcou um distanciamento formal do União Brasil em relação ao governo Lula, com ordens para que seus membros entregassem cargos, um movimento que incentivou PP e Republicanos a se juntarem à causa.

Embora a assessoria de Motta informe que ainda não há data definida, texto ou relator para a matéria, reconhece a crescente pressão em torno da pauta. Avaliações internas indicam que a articulação de Caiado alterou o equilíbrio político no Congresso, abrindo caminho para a discussão.

A reação do PT foi imediata. O líder da bancada na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), denunciou a articulação como um “golpe sendo arquitetado no parlamento” e um desrespeito à Constituição. “No momento em que todo o Brasil tem a expectativa de condenação e prisão de Jair Bolsonaro, aqui no parlamento […] os maiores partidos anunciam que, acabado o julgamento, vão colocar para votar a anistia”, afirmou Lindbergh em vídeo.

O PT planeja recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que crimes contra o Estado democrático de direito não são passíveis de anistia, com base em decisões anteriores da corte. Segundo Lindbergh, a frente de esquerda se prepara para um confronto direto contra a iniciativa de Caiado e o apoio de partidos do centrão.

Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br

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