Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede de seu partido em Brasília na manhã desta sexta-feira (18/7), em um momento de forte tensão. O ex-presidente foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e teve que colocar uma tornozeleira eletrônica por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As medidas foram tomadas em meio a investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Visivelmente contrariado, Bolsonaro voltou a negar qualquer envolvimento nos eventos e classificou o uso da tornozeleira como uma “suprema humilhação”. O ex-presidente também está proibido de manter contato com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que também é alvo do inquérito.
Bolsonaro questionou a lógica da proibição de contato com o filho, que está nos Estados Unidos. “Qual crime ele está cometendo nos Estados Unidos? Atentado contra a democracia brasileira no parlamento norte-americano? Não tem cabimento”, declarou, em tom de crítica à decisão.
A investigação aponta Eduardo Bolsonaro como articulador de possíveis sanções contra o Brasil. O deputado federal teria inclusive celebrado o anúncio do ex-presidente Donald Trump de taxar produtos americanos. Bolsonaro afirmou que Eduardo deverá permanecer nos EUA, “senão será preso”.
Além da tornozeleira e da proibição de contato com o filho, Bolsonaro também está impedido de usar redes sociais e deve cumprir recolhimento domiciliar das 19h às 7h da manhã. Segundo apuração do Metrópoles, o ex-presidente deverá permanecer na sede do partido durante o dia.
Fonte: http://www.metropoles.com