Mostra reúne grandes nomes da arte contemporânea no Ibirapuera.
A 36ª Bienal de São Paulo traz uma seleção de artistas contemporâneos no parque Ibirapuera.
A cada dois anos, São Paulo se torna o epicentro da arte contemporânea no Brasil com a realização da Bienal, a maior mostra de arte do país. Em sua 36ª edição, a Bienal de São Paulo inicia no dia 6 de setembro e se estende até 11 de janeiro, com entrada gratuita. O tema desta edição, “Nem Todo Viandante Anda Estradas – Da Humanidade como Prática”, visa explorar novas formas de existência humana por meio da arte. A curadoria é de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, que traz uma proposta que dialoga com a pluralidade cultural e a interação entre os artistas.
O conceito por trás da mostra
A Bienal deste ano é inspirada por dois elementos principais. O primeiro é o poema “Da Calma e do Silêncio”, da escritora Conceição Evaristo, que será apresentado na abertura do evento, seguido por uma performance de Mateus Aleluia. O segundo elemento é a ideia de estuário, simbolizando o encontro de diferentes culturas e formas de vida. Essa concepção se reflete na diversidade dos 120 artistas selecionados, que representam uma gama de origens, principalmente africanas e sul-americanas.
Artistas em destaque
A seguir, apresentamos uma seleção de artistas que se destacam nesta edição:
- Ana Raylander Mártis dos Anjos: A artista mineira expõe “A Casa de Bené”, uma instalação que reconstrói a morada de seu bisavô, utilizando 4.000 peças de roupa usadas.
- Ernest Cole: O fotógrafo sul-africano, que denunciava o Apartheid, tem suas obras expostas na Bienal, incluindo registros do cotidiano da população negra na África do Sul.
- Frank Bowling: O pintor guianense, conhecido por suas telas abstratas, traz obras que exploram temas como identidade e memória.
- Gê Viana: A jovem artista maranhense apresenta “A Colheita de Dan”, uma instalação que combina fotomontagens e intervenções urbanas.
- Heitor dos Prazeres: O sambista e pintor brasileiro é representado por obras que retratam a vida urbana carioca.
As interações na Bienal
A curadoria da Bienal sugere que não há uma única forma de percorrer as obras expostas. Os arquitetos Gisele de Paula e Tiago Guimarães projetaram um pavilhão que usa elementos como tecidos pendurados e paredes coloridas para guiar o público. Essa abordagem permite que os visitantes sigam seus próprios fluxos, criando uma experiência única a cada visita. Algumas obras, como as de Precious Okoyomon e Juliana dos Santos, mudam ao longo do tempo, oferecendo novas experiências em cada retorno ao pavilhão.
O que esperar do evento
Além das exposições no Ibirapuera, a Bienal também conta com eventos paralelos na Casa do Povo, onde outros artistas realizarão performances e exposições. Essa diversidade de atividades enriquece o evento, permitindo uma compreensão mais ampla das obras e dos contextos que as cercam. A programação completa está disponível em materiais de divulgação da Bienal.
O evento não só celebra a arte contemporânea, mas também propõe um espaço de reflexão sobre questões sociais, culturais e identitárias. Com uma variedade de linguagens e expressões, a 36ª Bienal de São Paulo promete ser um marco importante no cenário artístico nacional e internacional.