Artistas usam palco no The Town para manifestações políticas

Bandas expressam descontentamento com políticos durante show no Dia da Independência

Bandas como Green Day e Capital Inicial criticam políticos durante show em São Paulo.

No Dia da Independência do Brasil, o festival The Town, realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi palco de manifestações políticas marcantes. Bandas como Green Day, Bad Religion, CPM 22 e Capital Inicial aproveitaram a visibilidade do evento para expressar seu descontentamento com a atual situação política do país.

O que foi dito no festival

Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day e um dos headliners do evento, fez um discurso direto ao público: “Nós já tivemos o bastante desses políticos, desses bastardos fascistas. Então não queremos saber mais deles, não nesta noite, não no Dia da Independência”. A declaração gerou aplausos e gritos de apoio dos fãs, mostrando como a música pode ser uma plataforma poderosa para a expressão de insatisfação.

A apresentação foi ainda mais impactante com a alteração de uma de suas músicas conhecidas. Armstrong cantou uma versão modificada de ‘American Idiot’, afirmando que não quer integrar a ‘MAGA Agenda’, fazendo referência ao slogan do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Greg Graffin, vocalista do Bad Religion, também se juntou às críticas, lembrando que o público presente no festival é parte do governo: “Hoje é Dia da Independência, e vocês são o governo”. Essa declaração precedeu a execução da faixa ‘You Are (the Government)’, reforçando a mensagem de que a população deve estar atenta e ativa em questões políticas.

A voz do público

Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, também se manifestou antes de tocar ‘Que País É Este’. Ele lembrou que a música aborda a violência, a pobreza e a desigualdade no Brasil, além de criticar a proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC da impunidade. “Os nobres deputados, engravatados, falou?”, questionou, chamando a atenção para a proposta que visa alterar os limites da imunidade parlamentar.

Além disso, o grupo CPM 22 foi interrompido por gritos de “sem anistia” durante sua apresentação. O vocalista Badauí reforçou a importância da manifestação popular, afirmando que “a voz do povo tem poder”, sublinhando o impacto que a participação do público pode ter nas decisões políticas.

Essas manifestações durante o festival evidenciam como a música e a cultura podem se entrelaçar com a política, incentivando um debate sobre questões sociais relevantes.

As apresentações e os discursos no The Town foram um lembrete de que, em tempos de crise, a arte continua a ser uma ferramenta vital de protesto e mudança social. A conexão entre artistas e público, unida por uma causa comum, mostra a força da música como meio de mobilização e conscientização.

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