Em um marco para a saúde pública dos Campos Gerais, uma cirurgia inédita em bebê no Humai (Hospital Universitário Materno-Infantil da UEPG) foi realizada no fim de março. O procedimento neurológico de alta complexidade foi o primeiro do tipo no hospital e evitou a transferência do pequeno paciente para Curitiba.
Avanço na neurocirurgia infantil
A criança, de apenas sete meses, sofria com hidrocefalia complexa. A solução veio através de uma terceiroventriculostomia endoscópica — procedimento que libera o fluxo do líquido cefalorraquidiano entre os ventrículos cerebrais.
“Era uma situação delicada. Havia várias obstruções entre os ventrículos, o que impedia o líquido de circular corretamente”, explicou o neurocirurgião Fábio Viegas, chefe da equipe de neurocirurgia do Humai.
Segundo o médico Guilherme Machado, responsável pela cirurgia, a alternativa seria o uso de múltiplos cateteres, o que aumentaria os riscos. “Com a endoscopia, conseguimos fazer a drenagem e liberar as cavidades com segurança”, explicou.
Equipe multidisciplinar e tecnologia de ponta
A cirurgia inédita em bebê no Humai só foi possível graças ao envolvimento de toda a equipe e à parceria com uma empresa de materiais médicos. Foi a primeira vez que o hospital utilizou uma torre de vídeo no centro cirúrgico.
Danielle Ritter Kwiatkoski, coordenadora do setor, lembra com emoção dos bastidores. “Quando o neurocirurgião disse que seria um procedimento inédito, meu pensamento foi: ‘Que Deus nos ajude a dar o nosso melhor para esse bebê’”, contou.
Ela também destacou a colaboração com o enfermeiro Edson Carneiro, que auxiliou na montagem da torre de vídeo. “Foi quando percebi que o pequeno Miguel teria tudo o que precisasse.”
Emoção do começo ao fim
O momento mais marcante, segundo Danielle, foi quando a mãe entregou o bebê nos braços da equipe. “É um gesto de confiança imenso. Sentimos o peso da responsabilidade por aquela vida.”
A cirurgia durou duas horas. O anestesista Marcio Hyeda acompanhou todo o procedimento, que ocorreu sem complicações. Quando o bebê acordou chorando, a equipe se emocionou. “Era a confirmação de que tudo deu certo”, relatou Danielle.
A criança passou pelo pós-operatório na UTI e logo voltou ao colo da mãe. “Foi impossível conter as lágrimas ao vê-lo bem, sorrindo no colo da mãe.”

Profissionais envolvidos
Além dos médicos Fábio Viegas, Guilherme Machado e Marcio Hyeda, a cirurgia contou com a participação dos enfermeiros Danielle Ritter e Edson Carneiro; das instrumentadoras Vanessa e Marize; das circulantes Edina Lemes e Verônica Rodrigues; e da residente Amanda França.

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