Boi gordo: como as exportações de carne impactaram a arroba hoje

Análise do mercado de boi gordo e suas influências recentes.

O mercado do boi gordo se mantém estável, impulsionado pelas exportações de carne bovina.

Boi gordo e o impacto das exportações de carne

O mercado físico do boi gordo iniciou esta semana com preços estáveis, refletindo a manutenção do padrão de negócios em diversas regiões do Brasil. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos de maior porte estão bem abastecidos, devido à forte presença de animais de parceria, além do uso de confinamentos próprios para maximizar a eficiência da produção.

Exportações como motor do mercado

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil têm sido um dos principais motores do mercado, com um ritmo robusto de embarques observados nas últimas semanas. O México e a China se destacam como os principais destinos das exportações brasileiras. “Exportações seguem como o grande destaque da atual temporada”, afirmou Iglesias.

Os preços no mercado atacadista também se mostram firmes, com uma perspectiva positiva devido à entrada da massa salarial na economia, o que deve impulsionar o consumo. Neste cenário, o quarto traseiro do boi é precificado a R$ 24 por quilo, enquanto o dianteiro é vendido a R$ 18,10 e a ponta de agulha a R$ 17,10.

Números das exportações de carne

Até o momento, em setembro, o Brasil arrecadou US$ 435,206 milhões com exportações de carne bovina, somando 78,338 mil toneladas. A média diária de exportação está em 15,667 mil toneladas, com um preço médio de US$ 5.555,40 por tonelada. Comparando com o mesmo período de 2024, houve um crescimento de 60,9% no valor médio diário das exportações, com aumentos de 30,8% na quantidade média exportada e 23,1% no preço médio da carne.

“Demanda aquecida deve continuar freando a baixa da arroba do boi em setembro”

A influência do dólar no mercado

Outro fator que impacta o mercado é a oscilação do dólar, que encerrou a sessão em alta de 0,04%, cotado a R$ 5,4177 para venda. O câmbio influencia diretamente a competitividade das exportações e, consequentemente, os preços internos do boi gordo. Durante o dia, a moeda norte-americana apresentou uma mínima de R$ 5,4027 e uma máxima de R$ 5,4482.

Expectativas para o futuro do mercado

Com as principais indústrias mantendo escalas de abate cheias, as exportações aquecidas devem impedir quedas significativas nos preços. As expectativas são de que o mercado continue a se manter estável, com a demanda interna aumentando, especialmente na primeira quinzena do mês.

As indústrias estão atentas ao cenário econômico, que pode trazer novas oportunidades e desafios, à medida que a economia se recupera e o consumo de carne bovina tende a crescer. A interação entre as exportações e o mercado interno será crucial para determinar a trajetória dos preços do boi gordo nos próximos meses.

A situação requer vigilância contínua dos pecuaristas e dos agentes do setor, que devem se adaptar às mudanças e aproveitar as oportunidades que surgirem no horizonte.

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