Café brasileiro e a isenção do tarifaço: o que esperar

Entenda as negociações e os desafios do setor do café brasileiro

O café brasileiro pode ficar fora da isenção do tarifaço dos EUA, afetando as exportações.

O café brasileiro enfrenta incertezas diante da possibilidade de não ser incluído na isenção do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A expectativa do setor era de que o produto entrasse na lista de exceções, mas uma ordem recente do presidente Donald Trump indicou que isso pode não ocorrer. Essa situação gera preocupações sobre o impacto nas exportações brasileiras e nos preços internos.

O contexto das tarifas e suas implicações

O tarifaço foi implementado pelos Estados Unidos contra as exportações brasileiras, e a lista de produtos isentos ainda não foi definida. Trump declarou que as tarifas poderiam ser reduzidas para zero, mas somente para produtos estratégicos que não são produzidos em quantidade suficiente nos EUA. O café se enquadra nessa categoria, mas não há garantias de isenção, o que preocupa o setor.

O papel do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) confirmou que o café está na lista de potenciais exceções, mas isso não garante que o Brasil seja um dos países beneficiados. O próximo passo envolve a apresentação do tema ao Comitê Interministerial de Gestão da Crise do Tarifaço, onde se busca pleitear a isenção.

Negociações em andamento

Recentemente, representantes do setor produtivo estiveram em Washington para discutir soluções com os Estados Unidos. O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, destacou a importância da busca por um entendimento, mas a falta de um canal diplomático aberto complica as negociações. O cenário atual deixa o futuro do café brasileiro dependente das conversas entre os setores privados dos dois países.

Desafios e cenários futuros

O consultor em agronegócios Carlos Cogo alerta que a ausência de menção ao café nas ordens de Trump levanta incertezas. A falta de clareza sobre a redução de tarifas para outros países pode influenciar o abastecimento do mercado americano e, a longo prazo, afetar negativamente os preços no Brasil. As negociações e decisões que estão por vir serão cruciais para a manutenção da competitividade do café brasileiro no mercado internacional.

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