Cenário atual das exportações de café do Brasil em 2025
O Brasil exportou 3,144 milhões de sacas de café em agosto de 2025, uma queda de 17,5% em volume, mas a receita cresceu 12,7%, atingindo US$ 1,101 bilhão.
O Brasil exportou 3,144 milhões de sacas de 60 kg de todos os tipos de café em agosto de 2025, uma queda de 17,5% na comparação com os 3,813 milhões do mesmo mês do ano passado. Apesar da redução no volume, a receita cambial cresceu 12,7%, atingindo US$ 1,101 bilhão. Essa situação já era esperada, segundo o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, devido à menor disponibilidade de café causada por uma safra abaixo do potencial máximo.
Impacto do tarifaço dos EUA
O tarifaço de 50% imposto pelo governo dos EUA sobre as exportações brasileiras também impactou fortemente o mercado. Os EUA passaram a importar 301 mil sacas, uma queda de 46% em relação a agosto de 2024, enquanto a Alemanha se tornou o maior importador, com 414 mil sacas. Ferreira destaca que o tarifaço trouxe volatilidade aos preços e disparou as cotações, com o café arábica subindo 29,7% na Bolsa de Nova York.
Cenário para o futuro
Se o tarifaço persistir, as exportações para os EUA podem continuar inviáveis, resultando em preços mais altos para os consumidores americanos, devido à falta de oferta de outros países. Até agosto de 2025, o Brasil embarcou 25,323 milhões de sacas, com uma queda total de 20,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, embora a receita total tenha alcançado recordes, com US$ 9,668 bilhões.
Principais importadores e tipos de café
Os dados mostram que os EUA ainda são o principal importador do café brasileiro, com 4,028 milhões de sacas, seguido pela Alemanha e Itália. O café arábica representa 79,8% das exportações, e mesmo com a queda, os cafés certificados e de qualidade superior também tiveram destaque, representando 20,1% dos embarques. O Porto de Santos continua sendo o principal ponto de exportação, respondendo por 80,2% do total.