Condenados da Boate Kiss obtêm direito ao regime semiaberto

Decisão envolve três dos quatro réus condenados pela tragédia em Santa Maria.

Três réus da tragédia da Boate Kiss conseguiram progressão de pena para regime semiaberto.

Três réus da tragédia da Boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, conseguiram a autorização para progredir ao regime semiaberto. A decisão foi proferida nesta sexta-feira (5) pelos juízes Geraldo Anastácio Brandeburski Júni e Bárbara Mendes Sant’Anna, que são responsáveis pelos processos de execução criminal dos condenados.

O quarto réu, Mauro Londero Hoffmann, ainda aguarda uma manifestação do Ministério Público sobre sua possível progressão de pena. A tragédia ocorrida em Santa Maria, que deixou 242 mortos e 636 feridos, remete ao incêndio na boate em 27 de janeiro de 2013, durante uma apresentação da banda Gurizada Fandangueira, em que foram utilizados artefatos pirotécnicos em um local com estrutura de teto de espuma.

O que foi decidido sobre a progressão de pena

A decisão que permite a progressão de pena dos três réus foi recebida com descontentamento por parte de muitos, incluindo a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria. A associação divulgou um manifesto no final de agosto de 2025, no qual expressa sua insatisfação com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que já havia reduzido as penas dos quatro condenados. O manifesto destaca que não foi respeitada a soberania do júri, que em 2021 havia condenado os réus por homicídio doloso.

“A decisão não respeita a Constituição que garante a soberania do júri.”

Repercussões na sociedade e entre os familiares

A polêmica em torno da decisão do TJRS gerou um forte clamor social. A tragédia na Boate Kiss não é apenas uma lembrança dolorosa, mas também um símbolo da luta por justiça por parte das famílias das vítimas. Muitos familiares argumentam que a redução das penas e a progressão dos réus para o regime semiaberto representam uma injustiça e desrespeito à dor das famílias que perderam entes queridos naquela noite fatídica.

O que acompanhar a partir de agora

Com a autorização para o regime semiaberto, surgem questionamentos sobre os próximos passos legais e a reação da sociedade. A expectativa é que os familiares das vítimas continuem a lutar por justiça, pressionando as autoridades e buscando garantir que as decisões respeitem a gravidade do ocorrido. A situação de Mauro Hoffmann também merece atenção, pois sua progressão de pena pode gerar novos desdobramentos. Essa luta por justiça se mantém viva, à medida que a sociedade busca garantir que tragédias como a da Boate Kiss não se repitam.

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