Corpos de mãe e filho vítimas de naufrágio serão velados no interior de SP

Velório acontece no Ginásio Municipal de Esportes de Matão.

Os corpos da mãe e do filho vítimas de um naufrágio em Itanhaém serão velados nesta sexta-feira em Matão.

Os corpos de Maria Aparecida da Silva e do seu filho, o veterinário Bruno Silva, que faleceram em um naufrágio na região de Itanhaém, serão velados nesta sexta-feira, 5 de setembro, no Ginásio Municipal de Esportes de Matão, conhecido como ‘Ginasinho’. O velório terá início às 9h e, após a cerimônia, os corpos serão sepultados no Cemitério Municipal de Matão. Apesar de serem naturais da cidade, as vítimas residiam no Guarujá, litoral paulista.

O naufrágio e as vítimas

O naufrágio ocorreu em 23 de agosto, quando Maria e Bruno saíram para pescar a bordo da lancha ‘Jany’, comprada pelo veterinário há cerca de um mês. Eles estavam acompanhados de Lucídio Francisco Dias, pai de Bruno e marido de Maria. As buscas por Lucídio foram suspensas pela Marinha do Brasil, que não viu mais possibilidades de resgate. As operações de busca duraram cerca de 100 horas e envolveram 82 militares, abrangendo uma área de 3.900 km².

O advogado Jeferson Dias, irmão de Bruno, relatou que a lancha era um dos sonhos do veterinário, que sempre desejou viver perto da praia e ter uma embarcação. O último contato da tripulação foi um pedido de socorro feito por Bruno no mesmo dia do acidente, quando estavam em mar aberto.

A busca e os resgates

As operações de resgate, que contaram com a participação da Marinha e da Força Aérea Brasileira, resultaram na localização dos corpos de Maria e Bruno. O corpo de Maria foi encontrado em 26 de agosto, na direção da Barra do Sahy, em São Sebastião, enquanto o corpo de Bruno foi localizado em 29 de agosto, próximo à Ilha Anchieta, em Ubatuba. Ambos estavam com coletes salva-vidas, conforme informado pelo Grupo de Bombeiros Marítimos (GBMar).

Na busca por Lucídio, voluntários da Associação dos Pescadores de Itanhaém se mobilizaram para ajudar nas operações. O presidente da associação, Anderson Café, informou que a família das vítimas arcará com os custos do combustível para as buscas. Entretanto, o envolvimento de pescadores locais demonstra a solidariedade da comunidade.

O inquérito sobre o naufrágio

A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) está conduzindo um inquérito para apurar as causas do naufrágio da lancha ‘Jany’. A embarcação foi encontrada em 27 de agosto e será submetida a perícia para determinar as circunstâncias do acidente. Além disso, um corpo em estado avançado de decomposição foi descoberto no Guarujá, mas ainda não foi identificado.

A vida das vítimas

Bruno, de 32 anos, era casado e pai de um menino de 11 anos. Ele e sua esposa eram proprietários de uma clínica veterinária, inaugurada em agosto do ano anterior no bairro Pitangueiras, em Guarujá. Já Lucídio, conhecido como ‘Seu Dias’, trabalhava durante o dia com consertos de equipamentos e à noite como auxiliar de veterinário na clínica do filho. Maria Aparecida, chamada de Dona Cida, estava em vias de se aposentar e ajudava a cuidar do neto.

A tragédia deixou a comunidade em luto e os familiares enfrentam um momento de dor e saudade, enquanto esperam pela conclusão das investigações sobre o naufrágio.

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