Os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sanepar, da Câmara Municipal de Ponta Grossa, recomendaram que a prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil) decrete estado de calamidade pública ou situação de emergência devido à crise de abastecimento de água que atinge a cidade há um mês.
Crise hídrica e medidas emergenciais
A recomendação foi enviada por meio de um ofício e sugere ainda medidas para minimizar os impactos da falta de água, como:
✅ Envio de caminhões-pipa para bairros mais afetados, hospitais e escolas;
✅ Suspensão das tarifas de água nos meses em que a interrupção foi registrada;
✅ Mobilização de recursos federais, caso o decreto seja oficializado.
Embora a Lei Federal permita a decretação de emergência em casos de eventos climáticos extremos (enchentes, secas, deslizamentos), a legislação não prevê diretamente a situação enfrentada por Ponta Grossa, pois o problema decorre de falhas na infraestrutura da Sanepar, e não da escassez de chuvas.
Reunião e novas oitivas da CPI
A decisão dos vereadores foi tomada em reunião realizada na quinta-feira (21), na Sala das Comissões da Câmara. Participaram o presidente da CPI, Guilherme Mazer (PT), a relatora Joce Canto (PP) e o vereador Geraldo Stocco (PV). Leandro Bianco (Republicanos) e Léo Farmacêutico (União Brasil), que também integram a comissão, não compareceram.
Na reunião, a CPI definiu novas oitivas para a próxima quinta-feira (27):
⏰ 14h – Convite ao deputado estadual e ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD);
⏰ 15h – Convite à prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil) e sua equipe técnica;
⏰ 16h – Convocação do Procurador-Geral do Município, Gustavo Schemim da Matta.
A crise hídrica continua sendo um dos principais desafios enfrentados pelos moradores de Ponta Grossa, e a CPI busca responsabilizar a Sanepar e pressionar por soluções rápidas para normalizar o abastecimento.