A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro intensificou seus esforços para colher depoimentos considerados cruciais para o avanço das investigações. O presidente da CPMI solicitou formalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) a autorização para que um lobista, apelidado de ‘careca do INSS’, preste depoimento.
A expectativa é que o depoimento do lobista, cuja identidade completa não foi divulgada, possa trazer à tona informações relevantes sobre possíveis financiadores e articuladores dos eventos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. A influência do indivíduo no âmbito do INSS levanta questionamentos sobre o uso de recursos públicos para fins ilícitos.
O depoimento está agendado, provisoriamente, para a próxima segunda-feira, dia 15. A confirmação da data, no entanto, depende da análise e decisão do STF sobre o pedido da CPMI. “Consideramos fundamental ouvir essa testemunha para esclarecer pontos obscuros e aprofundar a investigação sobre o financiamento dos atos”, afirmou um membro da comissão, sob condição de anonimato.
A autorização do STF é necessária em virtude de potenciais implicações legais e para garantir que o depoimento ocorra dentro dos parâmetros da lei, assegurando o direito ao silêncio e a ampla defesa do investigado. A CPMI aguarda com expectativa a decisão do Supremo, considerada essencial para o prosseguimento dos trabalhos da comissão.