Depoimento ocorrerá no dia 15 de setembro após dificuldades para localizá-lo.

Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, será ouvido no dia 15 de setembro.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, responsável por investigar uma série de irregularidades relacionadas a benefícios previdenciários, conseguiu intimar Antônio Carlos Camilo Antunes, popularmente conhecido como ‘Careca do INSS’. A intimação foi oficializada na tarde da última quinta-feira (4 de setembro de 2025), após a CPMI encontrar dificuldades para localizá-lo. O depoimento de Antunes está marcado para o dia 15 de setembro, uma segunda-feira.
Segundo Carlos Viana, presidente da CPMI, a dificuldade em encontrar Antunes levou o colegiado a acionar a Polícia Legislativa para garantir a intimação. ‘Houve dificuldade da secretaria em encontrar. Por isso, autorizei a polícia legislativa a fazer a intimação’, afirmou Viana em coletiva de imprensa.
Convocação de Maurício Camisotti
Além de Antunes, outro nome importante convocado para depor é o empresário Maurício Camisotti. Ele é considerado uma peça-chave no esquema de descontos ilegais que afetou milhares de aposentados. O seu depoimento está agendado para o dia 18 de setembro. Duarte Júnior, vice-presidente da CPMI, confirmou que ‘eles foram intimados e já foi marcada a audiência com cada um deles’.
Na próxima semana, a CPMI também ouvirá dois ex-ministros envolvidos na apuração do caso. As sessões da comissão são realizadas às segundas e quintas-feiras, com um período de trabalho inicial de 180 dias, que pode ser prorrogado por mais 180.
Agenda de trabalho da CPMI
No dia 1º de setembro, o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, apresentou um relatório parcial no qual solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva de 21 pessoas envolvidas no esquema, incluindo Antunes, Camisotti, o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o ex-procurador-geral do instituto, Virgílio Oliveira Filho. Este pedido foi aprovado por unanimidade pelos membros do colegiado.
A CPMI investiga um esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários, que foi revelado em abril deste ano pela operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU). As estimativas apontam que a fraude pode ter gerado um prejuízo de aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.
O caso agora está sob análise do ministro André Mendonça, do STF, que é o relator do inquérito instaurado para apurar as irregularidades.