A defesa do general Augusto Heleno elevou o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos sensíveis no Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado de Heleno, Marcelo Bessa Milanez, questionou a imparcialidade da condução das oitivas, sugerindo um papel inquisitorial por parte do magistrado.
Milanez expressou sua preocupação com o que considera um desequilíbrio na formulação de perguntas durante os depoimentos. Segundo ele, a disparidade entre as questões apresentadas por Moraes e as da Procuradoria-Geral da República (PGR) levanta dúvidas sobre a neutralidade do processo.
“Houve um desequilíbrio claro entre as perguntas feitas pelo relator e aquelas formuladas pela PGR”, afirmou Milanez, indicando que tal desproporção pode comprometer a busca pela verdade nos fatos investigados. A declaração acende um novo foco de tensão no já acirrado debate sobre os limites da atuação do STF.
A crítica da defesa de Heleno se junta a outras manifestações que questionam a amplitude dos poderes concedidos a Moraes em investigações que envolvem figuras de destaque na política nacional. O embate jurídico promete se intensificar, com desdobramentos ainda imprevisíveis no cenário político brasileiro.