A Procuradoria da República no Distrito Federal encaminhou, na última semana, um inquérito civil à Procuradoria-Geral da República para investigar uma possível falta de transparência da Presidência da República. Entre as questões levantadas está a suposta recusa do governo em fornecer informações sobre a quantidade de assessores à disposição da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja.
Diante disso, o PL, partido de Jair Bolsonaro, apresentou dois pedidos de informação ao governo federal sobre os gastos da primeira-dama. Os requerimentos foram protocolados pela deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) e direcionados à Casa Civil e ao Ministério da Cultura.
Um dos pedidos questiona os custos das viagens de Janja e os gastos com a estrutura montada para ela no Palácio do Planalto, incluindo a manutenção de um gabinete e a presença de assessores. O documento também indaga quais fundamentos legais justificam a existência dessa equipe, uma vez que a primeira-dama não ocupa um cargo oficial no governo.
O segundo requerimento solicita informações sobre as despesas do evento cultural promovido no Rio de Janeiro durante o G20, apelidado pela oposição de “Janjapalooza”. O PL pede esclarecimentos sobre os custos para a administração pública e os patrocínios recebidos de empresas estatais.
Em resposta às investigações e questionamentos, o governo federal declarou estar “absolutamente seguro quanto à regularidade e transparência dos atos” e afirmou que está à disposição do Ministério Público Federal para fornecer todos os esclarecimentos necessários sobre o assunto.