O ministro da Justiça, Flávio Dino, criticou duramente a suposta falta de organização nos planos golpistas que culminaram nos atos de 8 de janeiro em Brasília. Em declarações recentes, Dino ironizou o descuido dos envolvidos, comparando a situação com o golpe militar de 1964. A declaração gerou repercussão e reacendeu o debate sobre a responsabilização dos envolvidos nos atos de vandalismo.
“Só faltou a ata”, disparou o ministro, referindo-se à aparente falta de evidências concretas e estruturadas que comprovassem um planejamento golpista detalhado por parte dos réus. Dino sugeriu que, ironicamente, o golpe de 1964 demonstrava maior organização e planejamento do que as ações recentes, mesmo com o grande aparato tecnológico disponível hoje.
A comparação com o golpe de 1964 buscou destacar a fragilidade da narrativa de um plano golpista sofisticado, conforme argumenta a defesa de alguns dos acusados. Segundo o ministro, a ausência de provas robustas, como documentos e atas de reunião, enfraquece a alegação de um projeto articulado para derrubar o governo democraticamente eleito.
A fala de Dino ocorre em um momento crucial, com o avanço das investigações e o início dos julgamentos dos acusados de participação nos atos de 8 de janeiro. A busca por responsabilização e a elucidação dos fatos permanecem como prioridades para o governo, em busca de justiça e da garantia de que tais eventos não se repitam. “É preciso que a lei seja aplicada com rigor”, reforçou o ministro.