O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) elogiou publicamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por seu discurso durante os atos de 7 de Setembro na Avenida Paulista. Segundo Eduardo, Tarcísio foi “muito feliz” ao criticar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ao cobrar do Congresso a votação de uma anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro.
Em entrevista ao Poder360, Eduardo Bolsonaro enfatizou a importância da fala de Tarcísio e expressou o desejo de que suas ações futuras reflitam o mesmo posicionamento. “Espero que essa fala seja permanente, seguida das suas condutas pró-anistia, e acho que nesse momento isso é o principal”, declarou o deputado, demonstrando um tom de aprovação em relação ao governador paulista.
Essa demonstração de apoio marca um recuo de Eduardo Bolsonaro, que anteriormente havia criticado Tarcísio, gerando inclusive uma repreensão pública por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Bolsonaro, o momento para definir um sucessor dentro do grupo político será oportuno, caso sua inelegibilidade seja mantida. A postura mais branda de Eduardo sinaliza uma possível reaproximação.
Questionado sobre um possível apoio a Tarcísio em 2026, Eduardo desviou o foco, afirmando que a questão eleitoral não é prioritária no momento e que Jair Bolsonaro terá a palavra final sobre o futuro da direita no Brasil. O deputado ressaltou que ambos consideram Bolsonaro o líder natural do grupo político.
Durante a manifestação na Paulista, Tarcísio adotou um discurso mais assertivo, afirmando: “Ninguém aguenta mais a tirania”. Ele também declarou que não aceitarão mais imposições ditatoriais, o que foi interpretado como um aceno à base conservadora mais radical, embora se limite ao campo das palavras.