Eduardo Bolsonaro pede para votar dos EUA, mas falta até às sessões virtuais da Câmara

Deputado não registrou presença nas sessões remotas desde que retornou da licença.

Eduardo Bolsonaro pede para votar dos EUA, mas falta até às sessões virtuais da Câmara
Eduardo Bolsonaro durante evento político. Foto: Jessica Koscielniak/Reuters

Eduardo Bolsonaro não registrou presença em sessões remotas da Câmara desde julho.

Eduardo Bolsonaro e a votação remota

Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PL-SP, está nos Estados Unidos desde março e fez um pedido à Câmara dos Deputados para poder exercer seu mandato à distância. Apesar disso, ele não registrou presença ou voto nas sessões onde a participação remota seria permitida. Essa situação levanta questionamentos sobre a responsabilidade dos parlamentares que se encontram fora do país.

O que está em jogo na Câmara

A Câmara dos Deputados, que normalmente permite que os parlamentares votem por meio de um aplicativo em sessões remotas, não teve a presença de Eduardo em seis sessões desde que sua licença terminou em julho. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF, a presença dos deputados em Brasília não seria mais obrigatória, possibilitando a votação por celular.

“Não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país, trabalhando muitas vezes para que medidas tragam danos à economia do país”, afirmou Motta.

O papel de Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro solicitou autorização para votar à distância, alegando que sua permanência nos EUA é forçada, devido a perseguições políticas. Em seu ofício, ele menciona que a sua situação é mais grave do que a vivida durante a pandemia. O deputado justifica sua ausência como sendo uma questão de segurança e afirma que se sente ameaçado por decisões de ministros do STF, especificamente de Alexandre de Moraes.

Consequências da falta de presença

A Constituição brasileira estabelece que deputados que faltarem a um terço das sessões ordinárias do ano podem perder o mandato, salvo em casos de licença ou missão oficial. No entanto, Eduardo não perderá seu mandato em 2025, mesmo que continue ausente, pois as faltas são contabilizadas apenas a partir de março do ano seguinte. Desde o início de 2025, ele já registrou 13 presenças e 17 ausências não justificadas.

Investigação e denúncias

Eduardo e Jair Bolsonaro foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de obstrução do julgamento da trama golpista. A situação de Eduardo é complexa, pois ele articula do exterior punições a autoridades brasileiras, tentando livrar seu pai das acusações que enfrenta no STF. Recentemente, Motta enviou quatro denúncias contra Eduardo ao Conselho de Ética, o que pode desencadear um processo de cassação.

O que acompanhar a partir de agora

A análise das denúncias e a eventual votação sobre a cassação de Eduardo Bolsonaro devem ser observadas de perto. A pressão política sobre o deputado pode aumentar, especialmente considerando as alegações de corrupção e a necessidade de uma posição clara da Câmara em relação à presença de parlamentares em situações semelhantes. O desdobramento desta situação poderá influenciar não apenas a carreira de Eduardo, mas também a dinâmica política em Brasília nos próximos meses.

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