O governo brasileiro, em meio a crescentes tensões com os Estados Unidos devido à tarifa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros, busca manter um tom de diálogo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou categoricamente que o Brasil esteja planejando retaliar limitando a remessa de dividendos de empresas americanas que operam no país.
Por meio de uma declaração oficial divulgada no X (antigo Twitter) neste sábado (19/7), o Ministério da Fazenda buscou dissipar os rumores que circulavam no mercado. “O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nega que o governo brasileiro esteja avaliando a adoção de medidas mais rigorosas de controle sobre os dividendos como forma de retaliação às taxas adotadas pelos Estados Unidos e reafirma que essa possibilidade não está em consideração”, informou a pasta.
A crise diplomática se intensificou após a suspensão de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, e de seus aliados, por parte do governo americano. A medida gerou forte reação no Brasil, com o presidente Lula se manifestando em defesa dos magistrados.
Lula classificou a ação do governo Trump como “arbitrária” e “sem qualquer fundamento”, ressaltando que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”. Apesar da escalada de tensões, o governo brasileiro aparentemente busca evitar medidas que possam agravar ainda mais a situação.
Enquanto o impasse persiste, o foco permanece na busca por um diálogo construtivo entre os dois países, a fim de encontrar soluções que beneficiem ambas as partes e evitem maiores prejuízos para as relações bilaterais.
Fonte: http://www.metropoles.com