O mercado de trabalho formal brasileiro apresentou um desempenho robusto no primeiro semestre do ano, com a abertura de 1,22 milhão de vagas com carteira assinada. Os dados, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com base no novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelam um cenário positivo, impulsionado principalmente pelos setores de serviços, comércio e indústria.
Apesar do expressivo volume de novas vagas, o resultado representa um leve recuo de 6,8% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram criados 1,31 milhão de postos de trabalho. Contudo, o saldo do primeiro semestre ainda é o segundo melhor desde 2020, ficando atrás apenas de 2021, ano em que o país registrou a abertura de 1,48 milhão de vagas.
No mês de junho, foram criadas 166.621 vagas formais, um crescimento de 8,77% em relação a maio. Contudo, houve uma queda de 19,2% em relação a junho de 2024. “Este é o terceiro pior número para o mês em seis anos”, apontam os dados do Novo Caged, que passou a consolidar informações do eSocial, do Caged e do Empregador Web desde 2020.
O setor de serviços se destacou como o principal motor da criação de empregos, com a abertura de 77.057 postos. Em seguida, o comércio adicionou 32.938 vagas, enquanto a indústria criou 20.105 novos empregos. A agropecuária e a construção civil também contribuíram positivamente, com 25.833 e 10.665 novas vagas, respectivamente.
O levantamento do Novo Caged também revela que 26 das 27 unidades da federação apresentaram saldo positivo em junho, com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O salário médio real em junho foi de R$ 2.278,37, um aumento de R$ 24,48 em relação a maio e de R$ 28,76 em comparação com junho de 2024.
Fonte: http://www.metropoles.com