
Polícia conclui investigação após três meses e aponta esquema com cárcere, furto e assassinato
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu, neste sábado (21), as investigações sobre a morte de Ricardo de Oliveira Osinski, de 40 anos, encontrado morto em 26 de março de 2025, próximo à estrada do Alagado, em Ponta Grossa. A conclusão do inquérito, conduzido pelo Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial, revelou um esquema criminoso envolvendo homicídio qualificado, cárcere privado, furto qualificado e associação criminosa.
Três pessoas foram indiciadas: um casal de empresários, proprietários da clínica de reabilitação “Só por Hoje”, que funcionava de forma irregular, e um ex-interno da mesma instituição. A soma das penas pode chegar a 45 anos de reclusão.
Vítima foi mantida em cárcere e sedada com medicamentos sem prescrição
Segundo a investigação, o crime teve início em 11 de março, após a vítima sofrer um acidente em uma pousada. Após alta hospitalar, a vítima foi levada para a clínica e mantida em cárcere privado. Durante esse período, os indiciados administraram medicamentos controlados sem prescrição médica com o objetivo de mantê-la sedada.
O casal também se apropriou indevidamente de R$ 143.645,75 das contas da vítima, enquanto ela permanecia sob efeito dos remédios. O homicídio teria sido ordenado quando a descoberta do esquema financeiro tornou-se iminente.
Clínica funcionava sem autorização da prefeitura
A clínica “Só por Hoje” não possuía autorização de funcionamento pela Prefeitura de Ponta Grossa. Mesmo assim, continuava em operação, colocando em risco a vida de internos em tratamento.
O ex-interno, de 25 anos, também foi apontado como cúmplice do crime. Após sair da condição de paciente, passou a viver com o casal e participar do esquema.
Polícia bloqueia contas e evita novos prejuízos
Durante a investigação, a Polícia Civil bloqueou R$ 46.935,81 das contas da vítima, evitando que o montante fosse retirado pelos suspeitos. Também foi determinado o bloqueio de R$ 31.065,34 das contas do casal e da clínica.
Justiça mantém os três presos preventivamente
Os três indiciados seguem custodiados na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, com prisões preventivas decretadas pela Justiça. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público para oferecimento de denúncia criminal.
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