Escolha do touro ideal para gado de corte lucrativo

Entenda as opções entre Caracu, Simbrasil e Canchim

Entenda como escolher o touro ideal para cruzamento e o impacto na lucratividade do gado de corte.

A escolha do touro certo para o cruzamento é o segredo para produzir um gado de corte lucrativo, especialmente quando se trata de raças com aptidão para leite. Vando Tarcísio Maia, de Cavalcante, Goiás, tem um plantel de matrizes com 5/8 zebuíno e 3/8 da raça leiteira australiana Illawarra. Ele considera três opções: Caracu, Simbrasil ou Canchim. O zootecnista Alexandre Zadra, especialista em genética e cruzamento industrial de bovinos, explica que a melhor escolha depende da busca por heterose e da padronização de cor dos bezerros.

Heterose e adaptabilidade no cruzamento

O principal objetivo do cruzamento é gerar heterose, um “choque de sangue” que potencializa as características desejáveis do animal. Para isso, é preciso usar raças de grupamentos genéticos diferentes. Além disso, a adaptabilidade é fundamental, especialmente em um clima tropical como o de Goiás. A base de matrizes de Vando, com sangue zebuíno (Tabapuã e Guzerá leiteiro) e taurino (Illawarra), já produz bezerros pesados e deve focar em gerar heterose e manter a rusticidade para lucratividade.

Opções de touros para cruzamento

Para produzir gado de corte com a base de matrizes de Vando, Alexandre Zadra sugere diversas opções:

  • Bonsmara: Ótima opção para bezerros vermelhos retintos e com pelo curto, gerando 100% de heterose e bem adaptados ao clima tropical.
  • Caracu: Ideal para um animal de grande porte, com pelo zero e 100% vermelho, garantindo 100% de choque de sangue e rústico.
  • Canchim e Santa Gertrudis: Excelentes para cruzamento terminal, produzindo animais grandes e com bezerros vermelhos retintos.
  • Brangus: Para bezerros de pelagem preta, é uma excelente opção com porte mais europeu.

Considerações finais sobre a escolha do touro

Alexandre Zadra não menciona o Simbrasil, que seria uma das opções de Vando. A escolha do touro deve se basear na busca pela heterose, mantendo a adaptabilidade e o metabolismo necessários para a recria, seja a campo ou suplementada.

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