Durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, na última quarta-feira (12), o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, assinou um protocolo para a criação de um programa de inovação aberta voltado à genômica aplicada ao agronegócio. A iniciativa, que contará com um investimento de R$ 20 milhões, tem como objetivo fortalecer a competitividade do setor agrícola paranaense.
A genômica, que estuda o DNA de plantas e animais, possibilita o desenvolvimento de culturas mais produtivas e resistentes a pragas, além de contribuir para a seleção genética de rebanhos, promovendo maior eficiência produtiva e redução de custos. O governador ressaltou a importância dos investimentos tecnológicos para o setor agropecuário: “O Paraná se destaca no cenário nacional pelos investimentos em inovação no campo, impulsionando a produtividade por meio de pesquisa e tecnologia”.
O programa será viabilizado em parceria com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), a Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), a Fundação Araucária e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O financiamento será feito através do Fundo Paraná de Fomento Científico e Tecnológico.
A estrutura do projeto será baseada no modelo de inovação aberta adotado pelo BRDE Labs, iniciativa que, desde 2020, conecta agentes do ecossistema de inovação no Sul do Brasil. As startups e empresas participantes passarão por etapas de ideação, prototipagem e validação. O programa também contará com o apoio da Hotmilk, ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), visando ampliar oportunidades de negócios no setor agropecuário.
O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destacou a importância da união entre conhecimento acadêmico e inovação tecnológica. “Essa iniciativa reforça o compromisso do Estado em promover parcerias estratégicas para impulsionar o desenvolvimento econômico do Paraná e sua projeção no cenário nacional e internacional”, afirmou.
Ainda no primeiro semestre de 2025, será lançado um edital regulatório, que trará os critérios para a seleção de instituições de pesquisa, startups e empresas tecnológicas. Os recursos serão destinados a projetos focados na integração de dados agronômicos e genômicos, melhoramento genético, combate a pragas e desenvolvimento de bioinsumos.
Outro parceiro estratégico do programa é a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A expectativa é que o modelo desenvolvido no Paraná possa servir de referência para outros estados brasileiros, impulsionando a pesquisa e inovação no agronegócio em todo o país.