
Morte confirmada nesta terça-feira
Pepe Mujica morreu nesta terça-feira (13), aos 89 anos, em decorrência de um câncer de esôfago. Ex-presidente do Uruguai, ele havia anunciado em janeiro que a doença estava em estágio avançado e que não se submeteria a tratamento agressivo.
Nascido em 20 de maio de 1935, Mujica foi agricultor, escritor e teve uma longa trajetória política no Uruguai.
Militância e enfrentamento da ditadura
Ainda jovem, Mujica iniciou a militância no Partido Nacional. Em 1962, fundou o movimento “Unión Popular” e passou a integrar o grupo Tupamaros, de resistência armada à ditadura uruguaia.
Entre os anos 1970 e 1985, foi preso quatro vezes. Durante esse período, chegou a ser baleado com seis tiros.
Presidência e avanços sociais
Pepe Mujica governou o Uruguai entre 2010 e 2015. Seu mandato foi marcado por reformas sociais, como a legalização do aborto, a regulamentação do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a descriminalização da maconha.
Ele também promoveu políticas para redução da pobreza e do desemprego, com aumento dos investimentos sociais.
Estilo de vida simples e reconhecimento internacional
Mujica ficou conhecido pelo estilo de vida austero. Morava em uma chácara, dirigia um Fusca e doava parte do salário como presidente.
Sua história foi retratada no documentário El Pepe, Uma Vida Suprema, do cineasta Emir Kusturica, premiado pela Unesco no Festival de Veneza.
Frases marcantes
Durante a vida pública, Mujica se destacou por declarações que criticavam o consumismo e defendiam a democracia:
• “Para pensar igual não é preciso uma democracia.”
• “Ocupamos o templo com o deus mercado que nos financia em parcelas e cartões a aparência de felicidade.”
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