Exército toma as ruas do Nepal após aumento no número de mortos

Conflitos violentos geram intervenção militar em Katmandu

Intervenção do Exército no Nepal ocorre após protestos que resultaram em 22 mortes.

O Exército do Nepal começou a ocupar as ruas de Katmandu na noite desta terça-feira (9), após um dia de manifestações violentas em todo o país. A mobilização ocorreu poucas horas depois de confrontos resultarem na morte de pelo menos 22 pessoas, marcando uma nova escalada nos protestos no Nepal.

Situação dos protestos e intervenções

Soldados e policiais fortemente armados foram vistos em pontos estratégicos da capital. Eles cercaram grupos de manifestantes e obrigaram alguns deles a se ajoelhar com as mãos cruzadas atrás da cabeça. O anúncio da intervenção foi feito após o aumento no número de mortos. Os protestos no Nepal começaram na segunda-feira (8), motivados pela indignação popular contra a corrupção, mas se intensificaram após a proibição das redes sociais, que são ferramentas essenciais para a população nepalesa.

Aumento da violência

A violência se intensificou ao longo da terça-feira (9), quando diversos prédios públicos foram incendiados. Residências de antigos e atuais parlamentares também foram atacadas. Durante os confrontos, a esposa do primeiro-ministro sofreu queimaduras graves. Mesmo após a revogação da proibição das redes sociais e a renúncia do primeiro-ministro K.P. Sharma Oli, os atos continuaram.

Reações internacionais

Qualquer uso de força pelo Exército nepalês será acompanhado de perto por observadores internacionais. O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Türk, pediu uma investigação sobre os assassinatos no país e outros relatos de uso desnecessário de força pelas forças de segurança. O escritório da ONU no Nepal também enfatizou que a resposta militar deve estar em alinhamento com padrões internacionais de direitos humanos. Além da entidade, países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Japão assinaram uma declaração de apoio aos direitos de reunião pacífica e liberdade de expressão no Nepal. Nesta terça-feira, o número de signatários subiu para 10, após a assinatura de Alemanha, Noruega e Suíça.

EM ALTA

MAIS NOTÍCIAS!