Impactos das sobretaxas sobre as exportações brasileiras
As exportações de produtos brasileiros afetados pelo tarifaço norte-americano caíram 22,4% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
As exportações de produtos brasileiros afetados pelo tarifaço norte-americano caíram 22,4% em agosto de 2025 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. A keyphrase é “exportação de produtos com tarifaço”. Além disso, as vendas de itens que não sofreram taxas adicionais recuaram 7,1%.
Impacto do tarifaço nas exportações
A análise feita pela Amcham Brasil, entidade que representa empresas envolvidas no comércio Brasil-EUA, mostra que as sobretaxas impostas pelos Estados Unidos têm provocado uma queda expressiva nas exportações brasileiras, contribuindo também para a desaceleração das importações. Os dados revelam que, enquanto as exportações brasileiras totalizaram US$ 26,6 bilhões nos primeiros oito meses de 2025, a queda isolada de agosto foi a maior registrada até agora.
Contexto das sobretaxas
O tarifaço, que impõe taxas de até 50% sobre grande parte das vendas, foi instituído pelo governo de Donald Trump a partir de 6 de agosto de 2025. Apesar de isenções para cerca de 700 produtos, como suco de laranja e fertilizantes, a medida afetou significativamente a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos, que é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, perdendo apenas para a China.
Consequências para o comércio bilateral
O efeito das sobretaxas se reflete nas decisões empresariais e nas trocas comerciais. O déficit comercial brasileiro, que atingiu US$ 1,2 bilhão em agosto, mostra um aumento de 188% em relação ao ano anterior. No acumulado do ano, o déficit chegou a R$ 3,4 bilhões. A Amcham ressalta que a desaceleração no ritmo das importações brasileiras também é um reflexo do impacto das tarifas, especialmente em setores que dependem de insumos dos Estados Unidos.
Perspectivas futuras
Com a contínua aplicação do tarifaço e a desaceleração nas exportações, o comércio entre Brasil e Estados Unidos pode enfrentar novos desafios nos próximos meses, exigindo adaptações nas estratégias empresariais para mitigar os impactos das taxas. A situação econômica e as relações comerciais entre os dois países permanecem em vigilância, à medida que novos dados se tornam disponíveis.