Uma manobra legislativa no Congresso Nacional reacende o debate sobre a integridade política. Senadores aprovaram, em votação expressiva, uma mudança na Lei da Ficha Limpa que reduz o tempo de inelegibilidade e abre brechas para o retorno de políticos com histórico de condenações. A medida, que fixa em oito anos o prazo de inelegibilidade, suscita questionamentos sobre o combate à corrupção no país.
O projeto, que contou com apoio transversal de diversas legendas partidárias, é visto por especialistas como um retrocesso. A nova redação da lei, segundo críticos, diminui o rigor no combate à corrupção e pode permitir que figuras controversas voltem a ocupar cargos públicos em um futuro próximo. “Essa alteração enfraquece o princípio da moralidade administrativa,” declarou o jurista Dr. Paulo Santos, em entrevista exclusiva.
A aprovação do projeto levanta dúvidas sobre a real intenção dos parlamentares. Enquanto alguns defendem a medida como forma de garantir o direito à elegibilidade após o cumprimento das penas, outros a criticam veementemente. A divulgação da lista completa de votação expõe a complexidade das alianças no Senado e revela quais parlamentares apoiaram diretamente a flexibilização da Lei da Ficha Limpa.
Com a alteração, políticos que antes estariam impedidos de concorrer por um período maior agora podem se beneficiar. A expectativa é que a medida gere forte reação da sociedade civil e de órgãos de controle, que já se manifestaram contrários à mudança. O futuro da Lei da Ficha Limpa e seu impacto na política brasileira permanecem incertos.