Fux absolve Anderson Torres de todas as acusações

Decisão do ministro do STF impacta julgamento de outros réus

O ministro Luiz Fux votou pela absolvição do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, das acusações de organização criminosa e golpe de Estado.

Na quarta-feira (10.set.2025), o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou pela absolvição do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, em relação a diversas acusações graves, incluindo organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. A decisão vem no contexto do julgamento sobre os eventos de 8 de janeiro e a atuação de Torres frente aos atos extremistas.

O que motivou a absolvição

Fux justificou seu voto afirmando que não havia indícios de que Torres tivesse recorrido à violência armada ou se associado a um grupo de quatro ou mais pessoas para fins criminosos. Além disso, o ministro destacou que a participação de Torres em uma transmissão ao vivo, onde se discutiram alegações de fraude nas urnas eletrônicas, foi limitada e não constituiu uma ação criminosa. A defesa de Torres argumentou que ele apenas leu documentos oficiais sem emitir opiniões pessoais, uma tese que foi acolhida por Fux.

Contexto do julgamento

O julgamento em questão faz parte da análise do núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado, onde Jair Bolsonaro é o principal réu. A Procuradoria Geral da República (PGR) também havia acusado Torres de usar a Polícia Rodoviária Federal para restringir o acesso de eleitores, mas Fux afastou essa acusação, afirmando que blitzes isoladas não configuram uma operação estruturada para prejudicar o candidato eleito.

Expectativas para o desfecho do caso

O processo deve ser concluído em breve, com a discussão sobre a dosimetria das penas para Jair Bolsonaro e os outros réus. Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar penas que variam de 12 a 43 anos de prisão, dependendo da participação de cada réu. A decisão de absolvição de Torres pode impactar diretamente as posturas adotadas pelos ministros em relação aos demais réus e o desfecho do caso.

EM ALTA

MAIS NOTÍCIAS!