Green Day faz punk moleque no The Town com críticas a Trump e ao governo paulista

Banda se apresenta com performance energética e mensagens políticas durante festival.

Green Day traz energia e críticas ao The Town

No último domingo, 6, o Green Day subiu ao palco do festival The Town em São Paulo, proporcionando uma performance vibrante e cheia de interação com o público. Ao contrário de Travis Scott, que teve um show curto, a banda punk americana se apresentou por quase duas horas, entregando um espetáculo que fez jus ao seu legado. O público, predominantemente mais velho, esperava uma experiência intensa, e o grupo não decepcionou.

Público e atmosfera no evento

A presença de sinalizadores e ícones visuais como a famosa gravata vermelha de Billie Joe Armstrong demonstrou a conexão entre os fãs e a banda. Completando quase 40 anos de carreira, o Green Day trouxe de volta as melhores memórias dos fãs, que se recordam de suas apresentações anteriores no Brasil, incluindo o Rock in Rio de 2022.

A abertura do show foi marcada por um mashup de clássicos, incluindo “Bohemian Rhapsody” do Queen e “Blitzkrieg Bop” dos Ramones. Em seguida, a banda começou sua apresentação com “American Idiot”, uma música que, apesar de ter sido lançada em 2004, continua ressoando fortemente com o público atual. A letra foi adaptada para criticar o governo de Donald Trump, trocando referências e atualizando sua mensagem anti-nacionalista.

Mensagens políticas durante o show

Billie Joe não hesitou em expressar suas opiniões políticas, alterando partes das músicas para refletir a realidade brasileira. Em “Holiday”, por exemplo, ele substituiu “Califórnia” por “São Paulo”, direcionando suas críticas ao “representante local”. Durante a canção, o vocalista também se dirigiu à corrupção política, afirmando: “Nós já estamos cheios desses políticos, desses bastardos fascistas”. Essa interação direta com os fãs reafirmou a posição da banda como porta-vozes de uma geração que busca mudanças.

Além de clássicos como “Basket Case” e “Longview”, o Green Day também apresentou músicas de seu álbum mais recente, como “Dilemma” e “Bobby Sox”, mostrando uma boa mescla entre o antigo e o novo. A energia do show foi contagiante, e a interação de Armstrong com o público, levantando bandeiras e incentivando a participação coletiva, fez toda a diferença na atmosfera do evento.

O que o futuro reserva para o Green Day

Mesmo seguindo um roteiro semelhante ao de suas apresentações anteriores, o Green Day conseguiu criar uma experiência única para os fãs. A entrega da banda, combinada com a participação ativa da plateia, fez do show um evento inesquecível, repleto de nostalgia e emoção.

Ao final da apresentação, a banda deixou o palco sob uma chuva de confetes verde e amarelos, com Armstrong retornando para um momento de despedida muito especial, tocando “Good Riddance (Time of Your Life)”. A performance não só celebrou a música, como também a união entre os presentes, refletindo o espírito de resistência e celebração que caracteriza a essência do punk.

Com a energia e a mensagem que trouxeram a este festival, o Green Day continua a ser uma força poderosa na música e na crítica social, provando que a arte e a política podem andar lado a lado, especialmente em momentos de celebração como o Dia da Independência.

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