Em meio às comemorações do Dia da Independência, o Recife se junta a outras cidades brasileiras para sediar o tradicional Grito dos Excluídos. A manifestação, organizada há 31 anos pelas pastorais da Igreja Católica, leva às ruas a defesa dos direitos da população mais vulnerável, com o lema “vida em primeiro lugar”.
A concentração está marcada para as 9h da manhã no Parque Treze de Maio, no bairro de Santo Amaro. De lá, os participantes seguirão em caminhada por volta das 10h, passando pelo bairro da Boa Vista e encerrando o percurso em Santo Antônio, na região central da capital pernambucana.
Este ano, o lema central é “cuidar da casa comum e da democracia é luta de todo dia”, um chamado à defesa da natureza e um alerta ao contexto político nacional e internacional. A organização critica o modelo capitalista, onde “o trabalho, a distribuição de renda, saúde, habitação, educação, comunicação, segurança e transportes ficam em segundo plano”, priorizando o lucro e a acumulação.
Além da mobilização no Recife, o Grito dos Excluídos também se fez presente em Petrolina, no Sertão do estado. No sábado (6), ativistas e militantes se reuniram para atividades lúdicas, como bingos e pintura de camisas, embaladas por música ao vivo e um lanche coletivo, além da confecção de urnas para o Plebiscito Popular.
O ato deste domingo reforça o apoio ao Plebiscito Popular por um Brasil mais justo, priorizando pautas como trabalho, distribuição de renda e combate à pobreza. A manifestação se consolida como um espaço de convergência de diferentes movimentos sociais e pastorais, em busca de uma sociedade mais igualitária e atenta às necessidades dos mais vulneráveis.