Entenda o caso que mobilizou pais e autoridades na cidade

Um grupo criado em aplicativo se tornou um caso policial em Ponta Grossa, despertando preocupações sobre segurança online.
Um grupo criado num aplicativo de conversas se tornou caso de polícia em Ponta Grossa. A situação veio à tona semana passada quando pais e mães descobriram que os filhos adolescentes foram inseridos na troca de conversas. A prática começou como uma brincadeira entre amigos, mas rapidamente se tornou preocupante.
A origem do grupo e suas consequências
De acordo com Fernando Vieira, titular da Delegacia do Adolescente, o grupo foi criado por um adolescente de 14 anos com a intenção de angariar mil amigos. “Foi criado num domingo à noite, com a ideia de angariar mil amigos. A brincadeira começou no Instagram e depois migrou para o WhatsApp”, explicou. Centenas de pessoas foram adicionadas, incluindo jovens de várias partes do Brasil, e logo começaram a ser compartilhadas mensagens homofóbicas, pornográficas, racistas e de cunho nazista.
A reação dos pais e autoridades
Diante da gravidade da situação, educadores e pais decidiram registrar um boletim de ocorrência. Segundo o delegado, o caso foi encerrado após o administrador do grupo, o adolescente, prestar depoimento e receber orientações sobre o impacto de suas ações. “Essa situação é uma lição para se proteger”, afirma o delegado, ressaltando a importância de um acompanhamento responsável dos filhos nas redes sociais.
A importância da supervisão parental
Fernando Vieira alerta que os adolescentes precisam entender a gravidade de suas ações ao serem administradores de grupos, pois podem ser responsabilizados por compartilhar conteúdos inadequados. O caso foi discutido em uma live no Instagram, onde o delegado também abordou outros riscos associados às redes sociais, como o de extorsão por parte de adultos mal-intencionados.
Medidas preventivas e denúncias
As denúncias podem ser feitas na própria Delegacia do Adolescente, onde é importante apresentar provas, como prints e informações sobre os perfis envolvidos. Fernando Vieira enfatiza que é essencial que os pais estejam atentos e supervisionem o que seus filhos estão fazendo online para prevenir situações de risco.
Foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil