O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu na terça-feira (12/8) a necessidade urgente de o Brasil agregar valor aos minérios críticos e terras raras presentes em seu território. Durante sessão no Senado Federal, Haddad argumentou que o país deve superar o modelo de exportação de commodities de baixo valor agregado, buscando alternativas que impulsionem a economia nacional.
Sua declaração ocorreu durante a análise da medida provisória 1.303/2025, que implementa ações para compensar a não elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em um contexto global de crescente demanda por minerais estratégicos, como lítio, nióbio e terras raras, o ministro enfatizou o potencial do Brasil em atrair investimentos e parcerias internacionais, especialmente dos Estados Unidos.
“O Brasil é rico em minerais críticos e terras raras, e precisa pensar isso estrategicamente”, declarou Haddad. O governo norte-americano já demonstrou interesse em firmar acordos com o Brasil nesse setor, o que poderia inclusive levar à redução de tarifas unilaterais sobre as exportações brasileiras para os EUA.
Para concretizar essa visão, Haddad destacou a importância de o Brasil firmar parcerias e acordos de cooperação técnica com outros importantes parceiros comerciais, como a China e a União Europeia. Essa estratégia visa impulsionar a industrialização dos minérios em território nacional, gerando empregos de alta qualidade e impulsionando o desenvolvimento tecnológico.
O ministro alertou que o país não pode se limitar à exportação de minério bruto, sob o risco de se manter refém de um modelo econômico de baixo valor agregado. “Temos que pensar como fazer. Não podemos adiar esse debate. Temos que precipitar esse debate”, concluiu Haddad, reforçando a urgência de uma estratégia nacional para a exploração sustentável e industrialização dos recursos minerais brasileiros.
Fonte: http://www.metropoles.com