O caso chocante ocorreu no Norte do Paraná, onde a Polícia Civil descobriu que o suspeito, de 31 anos, estava deitado em uma cama, mexendo no celular, no suposto cativeiro.
Cativeiro falso e chantagem emocional
De acordo com o delegado André Garcia, o celular usado para enviar as ameaças ao pai também estava com o homem no momento em que foi detido. A polícia encontrou o local do falso cativeiro na zona rural de Cambira, no distrito Sete de Maio.
O pai, de 54 anos, procurou a Polícia Civil depois de receber mensagens com fotos do filho amarrado, encapuzado e ensanguentado. Os supostos sequestradores ameaçavam mutilar ou matar o rapaz caso o resgate de R$ 180 mil não fosse pago.
Investigação desmonta farsa em menos de 24 horas
Assim que o caso foi registrado, os investigadores descobriram rapidamente que se tratava de um golpe. “Para nossa surpresa, não era um sequestro, e sim uma farsa, que caracteriza o crime de extorsão com participação do próprio filho”, disse o delegado.
O homem forja próprio sequestro e exige resgate ao pai em Apucarana com a ajuda de, pelo menos, mais três pessoas. Uma delas é o dono da casa onde o falso cativeiro foi montado. Ele confessou que cedeu o local em troca de pagamento. Ambos foram presos.
Usuário de drogas e dívidas com traficantes
Durante o depoimento, o suspeito manteve a versão de que havia sido sequestrado. Ele chegou a afirmar que os sequestradores eram policiais militares de São Paulo e que o cativeiro era vigiado por drones — “uma história absolutamente inviável e infactível”, disse o delegado.
A polícia acredita que o homem, usuário de cocaína, tentou aplicar o golpe por conta de dívidas com traficantes. A investigação continua para localizar outros dois envolvidos que já foram identificados.
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