Internet de alta velocidade chega às escolas indígenas do Paraná e transforma a realidade dos alunos

Inclusão digital e valorização cultural

A internet de alta velocidade chegou às escolas indígenas do Paraná e já está transformando a rotina de estudantes e professores. Com conexão via satélite Starlink de 200 Mbps, o projeto da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) assegurou conectividade para 18 escolas em regiões remotas, incluindo comunidades Guarani e Kaingang.

Em Pontal do Paraná, a Escola Estadual Indígena Guavirá Poty viu sua realidade mudar. “Agora conseguimos usar melhor os recursos tecnológicos na aprendizagem e na gestão pedagógica. Foi um grande avanço para nossos estudantes indígenas”, afirmou a diretora Rejane de Oliveira.

Conexão que amplia horizontes

No Colégio Estadual Indígena Pindoty, em Paranaguá, a internet de alta velocidade também chegou com força total. A diretora Taciana Bogo celebrou os resultados: “A internet Starlink é uma ferramenta poderosa para melhorar o trabalho dos professores e o desempenho dos alunos.”

Para os estudantes, o impacto é claro. Maucon Gonçalves, de 14 anos, destaca que a internet de alta velocidade chegou às escolas indígenas do Paraná e facilitou o acesso ao Khan Academy, Redação Paraná e plataformas de pesquisa. “Podemos aprender sem perder nossas tradições”, disse.

Investimento histórico em conectividade

O projeto garantiu acesso à internet para 150 escolas estaduais em áreas isoladas, com investimento de R$ 18 milhões. A meta é integrar todos os estudantes ao mundo digital, incluindo aqueles que vivem em aldeias, ilhas ou assentamentos.

“Com esse avanço, fortalecemos a educação onde ela é mais desafiadora. Conectamos todos os alunos do Paraná às tecnologias mais modernas disponíveis”, explicou o secretário da Educação, Roni Miranda.

Tecnologia aliada à cultura

Com o novo acesso, professores como Nelson Veríssimo, da Escola Guavirá Poty, utilizam a internet para mostrar aos alunos outras aldeias e culturas indígenas. “Antes, a internet caía com chuva. Agora, fazemos pesquisas e conectamos nossa cultura ao mundo”, comentou.

A aluna Aniela Moreira, do Ensino Médio, relatou que fazer trabalhos escolares ficou mais fácil. Já Bruno Fernandes resumiu bem: “Quase não saímos da aldeia. A internet nos mostra o mundo lá fora.”

Educação indígena valorizada

A internet de alta velocidade chegou às escolas indígenas do Paraná, mas o investimento vai além da conectividade. Chromebooks, salas novas, ar-condicionado e formação docente são parte de um pacote de melhorias. Atualmente, o estado conta com 40 escolas indígenas que atendem 5,5 mil estudantes das etnias Guarani, Kaingang, Xokleng e Xetá.

O currículo também é especial: além das disciplinas da Base Nacional Comum Curricular, os alunos aprendem Projeto de Vida e Bem Viver, Robótica, Filosofia Indígena e Cultura Corporal Indígena.

Escola como janela para o mundo

O estudante Diogo Romero, do 7º ano, resumiu o espírito da iniciativa: “A escola é onde a gente aprende o que não sabe e entende o mundo. O aluno ensina o professor e o professor ensina o aluno.”

E como reforçou Rejane, diretora da Guavirá Poty: “Me sinto feliz e grata por fazer parte de uma educação inclusiva, com infraestrutura e qualidade para nossos estudantes”.

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