Entenda as recomendações do Itaú BBA para a sua estratégia de investimento.

O Itaú BBA recomenda mudanças na carteira de renda fixa para os investidores.
Renda fixa: mudanças são necessárias
Investidores em renda fixa devem considerar ajustes em suas carteiras. Essa é a principal orientação de um relatório do Itaú BBA, divulgado no dia 3 de outubro. Para os analistas do banco, o mês de agosto marcou o início de uma mudança significativa no cenário econômico, que pode não ser imediata, mas já se aproxima.
O documento destaca a importância de uma análise cuidadosa para os investidores pessoas físicas. No curto prazo, os títulos pós-fixados ainda oferecem retornos robustos e seguros, especialmente enquanto a taxa Selic se mantém em 15%. No entanto, é crucial planejar mudanças para um horizonte mais próximo.
Previsões sobre a Selic
O Bank of America foi a primeira instituição a prever que a Selic deve começar a cair em 2025. Para dezembro deste ano, a instituição projeta uma redução de 0,50 ponto percentual, sendo a única a fazer tal previsão até o momento. Enquanto isso, tanto o Itaú quanto o Bradesco acreditam que a taxa básica da economia só começará a ser reduzida em 2026, sem especificar o tamanho do corte inicial.
Queda nas taxas
Conforme o relatório do Itaú BBA, as taxas de juros estão em queda. No caso de títulos prefixados, a taxa para um ano caiu para 14,30%, enquanto para cinco anos, a taxa é de 13,63%. Nos papéis atrelados ao IPCA, a taxa de dois anos caiu para 8,27% e a de cinco anos para 7,67%. Essa inclinação negativa entre dois e cinco anos reforça a percepção de que a Selic permanecerá alta no curto prazo, mas com possibilidades de cortes no futuro.
O Boletim Focus, que apresenta as expectativas do mercado, indica que a Selic deve terminar o próximo ano em 12,50% e cair para 10,50% no ano seguinte à eleição.
Recomendações do Itaú BBA
Diante desse cenário, o Itaú BBA sugere três alocações estratégicas para os investidores:
- Títulos prefixados: Prazo em torno de 3 anos.
- Títulos IPCA+: Com prazos a partir de cinco anos.
- Títulos pós-fixados: Como Tesouro Selic e CDBs DI.
Para os títulos atrelados ao IPCA, o banco destaca que essa é a melhor opção para capturar o processo de desinflação e desaceleração previstos nos próximos anos, sem abrir mão da proteção contra possíveis surpresas inflacionárias.
O que acompanhar a partir de agora
Os investidores devem ficar atentos às próximas reuniões do Banco Central e às decisões sobre a Selic, que podem influenciar diretamente suas carteiras. Além disso, acompanhar as previsões do mercado em relação à inflação e às taxas de juros será essencial para otimizar suas estratégias de investimento em renda fixa. A adaptação às mudanças de cenário econômico pode ser a chave para garantir retornos satisfatórios no futuro.