Itamaraty Responde a Críticas dos EUA sobre Condenação de Bolsonaro e Defende Independência Judicial

O governo brasileiro, por meio do Palácio Itamaraty, reagiu enfaticamente às declarações do senador americano Marco Rubio sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Rubio havia classificado o julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “caça às bruxas”, insinuando possíveis sanções adicionais contra o Brasil. A resposta brasileira defende a autonomia do sistema judiciário e rejeita a interferência externa.

Em nota divulgada nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmou que “O Poder Judiciário brasileiro julgou, com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988, os primeiros acusados pela frustrada tentativa de golpe de Estado, que tiveram amplo direito de defesa”. O Itamaraty reafirmou que as instituições democráticas brasileiras responderam de forma apropriada ao que classificou como golpismo.

Ainda na nota, o MRE declarou que o Brasil continuará a defender sua soberania contra agressões e tentativas de interferência, independentemente de sua origem. O ministério, liderado pelo embaixador Mauro Vieira, enfatizou que “Ameaças como a feita hoje pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio… não intimidarão a nossa democracia”. Essa declaração demonstra a firmeza do governo brasileiro em relação às críticas vindas do exterior.

Rubio, em sua manifestação, questionou a condenação de Bolsonaro e criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal no STF. Ele alegou “perseguições políticas” e prometeu uma resposta dos Estados Unidos. É importante lembrar que, anteriormente, os EUA já haviam aplicado sanções contra Alexandre de Moraes, além de impor tarifas sobre algumas exportações brasileiras.

A repercussão da condenação de Bolsonaro, que enfrenta uma pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, tem sido ampla na imprensa internacional. A reação do Itamaraty demonstra a preocupação do governo brasileiro em defender a integridade de suas instituições e a independência do Poder Judiciário diante de questionamentos externos.

Fonte: http://www.brasildefato.com.br

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