Itaú decide demitir mil funcionários após seis meses de monitoramento

Baixa produtividade leva banco a desligar trabalhadores

O Itaú demitiu mil funcionários após monitorar a produtividade por seis meses.

O Itaú, um dos maiores bancos do Brasil, decidiu demitir cerca de mil funcionários, uma ação que se baseou em um rigoroso monitoramento da produtividade ao longo de seis meses. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira, 8, e reflete uma tentativa do banco de aumentar a eficiência e reduzir custos em um cenário de crescente competitividade no setor financeiro.

O que levou à demissão

Os desligamentos foram motivados principalmente por uma avaliação negativa da produtividade dos colaboradores. A produtividade no Itaú é medida por uma série de indicadores que incluem o uso da memória do computador, a quantidade de cliques realizados, a abertura de abas em navegadores, a inclusão de tarefas no sistema e a criação de chamados. Esta abordagem metódica gerou preocupações entre os trabalhadores que, em muitos casos, não estavam cientes do nível de controle a que estavam sujeitos.

Como o monitoramento é realizado

Os dados coletados permitiram ao banco identificar os casos mais críticos de baixa produtividade, que foram então levados ao comitê executivo. Este comitê avaliou cada situação individualmente, e alguns trabalhadores receberam advertências antes da decisão final de demissão. A prática de monitoramento intensivo levantou questões sobre a privacidade e o bem-estar dos funcionários, com relatos de colaboradores que se sentiram desconfortáveis com o nível de vigilância.

“O nível de monitoramento é surpreendente e não havia clareza sobre isso”, comentou um funcionário que preferiu não se identificar.

Efeitos nas operações do Itaú

As demissões no Itaú não são um caso isolado no setor bancário, onde outros bancos também têm adotado medidas semelhantes para otimizar suas operações. A redução de pessoal pode impactar a moral dos funcionários restantes e a imagem da empresa no mercado. Além disso, a decisão pode influenciar a percepção dos clientes sobre a eficiência do atendimento ao banco. A expectativa é de que o Itaú busque compensar as perdas de produtividade através de investimentos em tecnologia e treinamento para os funcionários que permanecem.

O que acompanhar nos próximos meses

A decisão do Itaú pode sinalizar uma tendência maior no setor financeiro, onde a eficiência operacional está se tornando cada vez mais crucial. Observadores do mercado estarão atentos às reações dos clientes e à resposta do restante dos funcionários à demissão em massa. Além disso, será importante monitorar como o banco irá abordar as questões de produtividade e moral no futuro, especialmente considerando as preocupações levantadas sobre o monitoramento de funcionários. Essas ações não apenas moldarão a cultura interna do Itaú, mas também poderão influenciar as práticas de outros bancos na indústria.

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