Laboratório da UEPG transforma animais em ferramentas de ensino e extensão

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Com mais de mil peças preservadas por taxidermia e osteotécnica, o Laboratório de Zoologia de Vertebrados da UEPG contribui para ensino, pesquisa e educação ambiental em Ponta Grossa e em todo o Paraná.
Com mais de mil peças preservadas por taxidermia e osteotécnica, o Laboratório de Zoologia de Vertebrados da UEPG contribui para ensino, pesquisa e educação ambiental em Ponta Grossa e em todo o Paraná.

Ciência viva nos corredores da UEPG

Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Quem entra no Laboratório de Zoologia de Vertebrados da UEPG se depara com uma verdadeira aula prática de biodiversidade. Localizado no Bloco M do campus de Uvaranas, em Ponta Grossa, o espaço reúne mais de mil animais preservados por meio das técnicas de taxidermia e osteotécnica.

Desde um peixe de mais de um metro até cobras, morcegos e capivaras, o acervo impressiona pela diversidade e riqueza científica. Há também uma foca, ganso, tartarugas de todos os tamanhos e macacos silvestres — todos conservados para fins didáticos, científicos e de extensão.

Do laboratório para a comunidade

O Laboratório de Zoologia de Vertebrados da UEPG começou a ser montado na década de 1990, pela professora Ana Maria Geal. Desde 2011, é coordenado pelo professor Denilton Vidolin, que lidera os trabalhos de restauração e aprimoramento das peças.

“Também produzimos material para o Museu de Ciências Naturais da UEPG, além de ceder peças para projetos de extensão e educação ambiental dos cursos de Biologia e Zootecnia”, explica Vidolin.

As atividades do laboratório se expandem para além dos muros da universidade, com ações em parceria com a Prefeitura de Ponta Grossa e o Instituto Água e Terra (IAT). As peças também são utilizadas em pesquisas científicas, inclusive em conjunto com laboratórios das áreas de Genética e Parasitologia.

Formação prática e quebra de tabus

O estudante Gustavo de Oliveira Mendes, do 2º ano de Licenciatura em Biologia, é um dos que integram o projeto. “A gente aprende na prática o que vê na teoria. Aqui, entendemos a anatomia de forma profunda”, relata.

Segundo Gustavo, participar do Laboratório de Zoologia de Vertebrados da UEPG também ajudou a desconstruir estigmas. “Existe um estigma em relação ao taxidermista, como se fosse algo sombrio, mas aqui vi que é pura ciência”, afirma.

O professor Denilton reforça que os animais não são mortos para compor o acervo. “Muita gente acha que os animais são capturados, o que não é verdade. Eles vêm de doações ou foram recolhidos pelo IAT por representarem risco ambiental”, esclarece.

UEPG leva ciência para todo o Paraná

O Laboratório de Zoologia de Vertebrados da UEPG tem se tornado uma referência estadual. Além de servir como base para o ensino da Zoologia, as peças impulsionam atividades de extensão e ações de educação ambiental em Ponta Grossa e em diversos municípios do Paraná.

“O laboratório promove conhecimento técnico e científico aos nossos estudantes e à comunidade. É uma ferramenta essencial para ensinar, pesquisar e conscientizar”, conclui o professor.

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