Luiz Fux vota pela absolvição de Bolsonaro em casos de tentativa de golpe

Decisão do ministro do STF influencia julgamento de outros réus

Luiz Fux votou pela absolvição de Jair Bolsonaro em ação penal por tentativa de golpe de Estado. O placar atual é de 2 a 1 contra o ex-presidente.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, votou nesta quarta-feira (10) pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro de todas as acusações na ação penal por tentativa de golpe de Estado. Com a manifestação do magistrado, o placar vai a 2 votos a 1 para a condenação do ex-mandatário.

Fatos relevantes sobre o julgamento

Fux afirmou que não há provas de que Bolsonaro integrou organização criminosa ou tenha ordenado depredações durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os crimes de dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, o ministro ressaltou que seria necessário comprovar que as destruições foram consequência direta das falas ou atitudes do ex-presidente.

Análise da minuta golpista

O ministro também se referiu à minuta golpista, que previa estado de sítio e suspensão da sucessão eleitoral. Segundo Fux, o documento nunca passou de “mera cogitação” e não pode ser considerado execução de crime. Ele citou a delação do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que afirmou que Bolsonaro não assinaria decretos de exceção.

Conclusões de Fux sobre a ligação com ações violentas

Fux afastou a ligação de Bolsonaro com o plano Punhal Verde Amarelo, ressaltando a ausência de provas que conectassem o ex-presidente ao documento apreendido pela Polícia Federal. O magistrado também rejeitou a ideia de que um áudio entre Fernandes e Cid indicasse um aval de Bolsonaro a ações violentas.

Votos de outros ministros

O voto de Fux segue a mesma linha que ele adotou em relação a outros réus, já que anteriormente também votou pela absolvição de Mauro Cid e do almirante Almir Garnier dos crimes de dano e deterioração do patrimônio, embora tenha defendido a condenação de Cid por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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