Lula defende regulação das redes sociais e afirma: ‘doa a quem doer’

Presidente destaca necessidade de regras para conter a violência digital sem promover censura.

Lula defende a regulação das redes sociais para conter a violência digital sem censura.

Lula defende regulação das redes sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, em entrevista ao SBT News, a urgência da regulação das redes sociais no Brasil. Segundo ele, essa ação será rigorosa e “doa a quem doer”, com o objetivo de conter a violência digital. Lula destacou que regular não significa censurar e que o país precisa estabelecer regras claras para o ambiente digital, assim como já existem na vida real. “Aquilo que vale na vida real, vale na vida digital”, declarou.

A necessidade de regras para plataformas digitais

Em sua fala, Lula criticou a ausência de regulamentação nas plataformas digitais, apontando que é um absurdo permitir que crimes online sejam cometidos sem consequências. O presidente declarou que é essencial regular as empresas para evitar a disseminação de informações falsas e a instigação à violência, especialmente contra grupos vulneráveis, como crianças, mulheres e a comunidade LGBTQIA+.

Lula também abordou a relação com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a maneira como as big techs influenciam a política internacional. Ele acreditava que a reação de Trump a questões brasileiras está intimamente ligada aos interesses das grandes empresas de tecnologia.

O que tem sido feito para a regulação

O Brasil está se preparando para uma atualização das regras que governam o ambiente digital. O governo federal, juntamente com o STF, está avançando em medidas que definirão condições para a remoção de conteúdos e as responsabilidades das plataformas. Recentemente, o STF ampliou os critérios que responsabilizam as redes sociais por publicações realizadas por seus usuários. A nova norma, que deve ser implementada até setembro, tem como objetivo garantir uma atuação mais rigorosa das plataformas.

Em uma estratégia mais ampla, o governo decidiu dividir o projeto de regulação das redes sociais em duas frentes: uma focada em aspectos econômicos, como concorrência e prestação de serviços das big techs, e outra voltada para a proteção dos usuários, com ênfase na luta contra fraudes, crimes digitais e proteção infantil.

Desafios na aplicação das novas regras

A proposta apresentada inclui obrigações como a remoção imediata de conteúdos considerados criminosos. Contudo, ainda não existem critérios claros sobre o que é classificado como crime, o que pode levar a incertezas e remoções indevidas de publicações. Essa falta de definição clara pode gerar preocupações sobre a liberdade de expressão e o direito à informação.

Lula enfatizou que a regulação das redes sociais é um passo crucial para garantir a segurança dos cidadãos e a integridade das informações que circulam na internet. Ele ressaltou que a sociedade não pode continuar a permitir que a falta de regras propicie a violência e a disseminação de ódio.

A discussão sobre a regulação das redes sociais no Brasil é cada vez mais relevante, especialmente em um momento em que a desinformação e a violência digital estão em alta. O que se espera agora é que as novas regras sejam implementadas de forma eficaz e que possam realmente promover um ambiente online mais seguro e justo para todos os usuários.

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