Médico acusado de matar esposa envenenada chora na cadeia, diz defesa

Luiz Antonio Garnica nega as acusações e afirma que chora diariamente na prisão.

Garnica e sua mãe são acusados de envenenar a professora Larissa Rodrigues em Ribeirão Preto.

Médico acusado de feminicídio chora na prisão

A defesa de Luiz Antonio Garnica, médico acusado de planejar a morte de sua esposa, a professora Larissa Rodrigues, em Ribeirão Preto, afirma que ele chora todos os dias na cadeia. Garnica está preso desde maio, quando foi acusado de envenenar a esposa com chumbinho, em um crime que chocou a comunidade local. A Justiça começou a ouvir as 24 testemunhas do caso, e a expectativa é que novos detalhes sejam revelados durante as audiências.

Contexto do caso de feminicídio

O caso de Larissa Rodrigues ganhou destaque devido à gravidade das acusações. Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, Garnica contou com a colaboração de sua mãe, Elizabete Arrabaça, de 68 anos, para cometer o crime. As investigações mostraram que, além de envenenamento, o médico teria tentado alterar a cena do crime no dia em que a esposa foi encontrada morta, em 22 de março. Larissa havia descoberto a traição do marido e planejava se divorciar, o que pode ter motivado o crime.

Acusações contra Garnica e sua mãe

O Ministério Público denunciou Garnica e sua mãe por feminicídio qualificado, alegando motivos torpes e o recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, Garnica enfrenta acusação de fraude processual por ter manipulado a cena do crime. As autoridades afirmam que o plano de mãe e filho era envenenar Larissa gradualmente, simulando uma intoxicação. O laudo toxicológico confirmou a presença de chumbinho no corpo da professora.

“A própria investigação navega tranquilamente nesse sentido de que tão somente a senhora Elizabete é quem tirou a vida da Larissa”, diz a defesa de Garnica.

Motivações financeiras e pessoais

As investigações indicam que Garnica e a mãe estavam enfrentando dificuldades financeiras e que Garnica estaria apaixonado por uma amante. Com medo de perder bens em um possível divórcio, ele teria planejado a morte da esposa. Após a morte de Larissa, o médico acionou um seguro para quitar o financiamento do apartamento onde moravam juntos e tentou movimentar a conta bancária da falecida, levantando suspeitas sobre suas intenções. A defesa, no entanto, nega que questões financeiras tenham influenciado o crime, ressaltando que Garnica possuía patrimônio próprio.

Depoimentos de testemunhas e evidências

As audiências de instrução estão programadas para ouvir as 24 testemunhas do caso, e a defesa espera que isso contribua para esclarecer os fatos. A mãe de Garnica, Elizabete, também está sendo defendida sob a alegação de que não há provas que a vinculem diretamente ao crime. Ela sempre foi descrita como uma pessoa adimplente, o que questiona a narrativa de dificuldades financeiras. Os dados de geolocalização obtidos durante a investigação também contribuíram para a formação de um álibi, mas a defesa argumenta que esses dados podem ter sido mal interpretados.

A situação continua a evoluir, e o desfecho do caso de feminicídio em Ribeirão Preto deve ser acompanhado de perto, dado o impacto que a tragédia teve na comunidade. O que se desenrola nas audiências e a possibilidade de novas evidências surgirem poderão mudar o rumo das acusações e a situação de Garnica e sua mãe.

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