Mercado financeiro projeta PIB de 2,16% em 2025

Expectativas de crescimento econômico diminuem em relação a projeções anteriores.

O mercado financeiro prevê crescimento de 2,16% da economia brasileira para 2025.

Mercado financeiro prevê PIB em crescimento

O mercado financeiro prevê um crescimento de 2,16% da economia brasileira para 2025, um número que representa uma leve queda em relação à projeção anterior de 2,19%. Esta informação foi divulgada no boletim Focus, publicado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 8 de outubro de 2023.

As estimativas para os anos seguintes também foram revistas, com o crescimento projetado de 1,85% para 2026 e 1,88% para 2027. Apesar de um crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2023, que foi o maior desde 1996, a desaceleração em comparação ao aumento de 1,3% no primeiro trimestre acende um alerta sobre a continuidade dessas taxas de crescimento.

Revisão das expectativas de inflação

Além das projeções de crescimento econômico, o boletim Focus também trouxe informações sobre a inflação. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se manteve em 4,85%, interrompendo uma tendência de queda que durava 14 semanas. Para 2026 e 2027, a inflação é esperada em 4,3% e 3,94%, respectivamente, o que representa uma redução em relação às projeções anteriores.

A expectativa de inflação para 2025 está acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Isso levanta questões sobre a eficácia das políticas monetárias atuais.

“A política comercial dos EUA aumentou as incertezas em relação aos preços”, afirmou o Copom em um comunicado.

Taxa Selic e suas implicações

O Banco Central adota a taxa básica de juros, a Selic, como seu principal instrumento para controlar a inflação. A Selic está fixada em 15% ao ano e tem sido projetada para se manter nesse patamar por um longo período. A decisão do Copom de interromper o ciclo de aumento da taxa de juros após sete elevações consecutivas reflete as preocupações com a desaceleração econômica e a inflação.

Com a Selic elevada, o acesso ao crédito se torna mais caro, o que pode dificultar o crescimento da economia. Em contrapartida, uma redução na taxa Selic tende a baratear o crédito, incentivando a produção e o consumo, mas também pode dificultar o controle da inflação.

Expectativas para o câmbio

Pela terceira semana consecutiva, o boletim Focus também diminuiu a projeção para o valor do dólar ao final de 2025, prevendo que a moeda norte-americana feche o ano a R$ 5,55. Essa expectativa diminuiu em relação ao valor anterior de R$ 5,56 e de R$ 5,60, o que pode indicar uma confiança crescente na estabilidade da moeda local.

O que acompanhar a partir de agora

As próximas semanas serão cruciais para monitorar as decisões do Banco Central em relação à Selic e as novas projeções de crescimento econômico. Os efeitos das políticas monetárias e suas repercussões no mercado financeiro serão vitais para entender como o Brasil poderá navegar pelos desafios econômicos futuros. A atenção também deve ser voltada para a inflação, que se mantém elevada, e para as projeções do dólar, que podem impactar diversos setores da economia.

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