Militares e ex-presidente condenados por golpe pela primeira vez

Jair Bolsonaro e outros réus recebem penas severas por tentativa de golpe de Estado

Jair Bolsonaro e outros sete réus são condenados por golpe de Estado, marcando um momento histórico no Brasil.

Nesta quinta-feira (11), Jair Bolsonaro e outros sete réus foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado, estabelecendo um marco histórico no Brasil. Esta é a primeira vez que um ex-presidente e militares são condenados por esse crime. Bolsonaro recebeu uma pena de 27 anos e três meses de reclusão em regime inicial fechado.

Detalhes das condenações e penas

Os ministros do STF mencionaram a importância do julgamento, comparando-o com eventos históricos, como o golpe de 1964. O relator, Alexandre de Moraes, destacou que a evidência apresentada no julgamento atual era mais robusta do que a disponível na época da ditadura militar. As penas impostas foram as seguintes:

  • Jair Bolsonaro: 27 anos e três meses de reclusão em regime inicial fechado;
  • Mauro Cid: 2 anos em regime aberto;
  • Walter Braga Netto: 26 anos em regime inicial fechado;
  • Almir Garnier: 24 anos em regime inicial fechado;
  • Alexandre Ramagem: 16 anos, um mês e 15 dias em regime inicial fechado;
  • Anderson Torres: 24 anos em regime inicial fechado;
  • Augusto Heleno: 21 anos em regime inicial fechado;
  • Paulo Sérgio Nogueira: 19 anos em regime inicial fechado.

Sanções adicionais aos réus

Além das penas de reclusão, o STF também determinou sanções adicionais, que incluem:

  • Pagamento de R$ 30 milhões de forma solidária;
  • Perda do mandato de deputado federal de Alexandre Ramagem;
  • Inelegibilidade por oito anos para todos os réus após o cumprimento das penas;
  • Perda dos cargos de delegados de polícia de Alexandre Ramagem e Anderson Torres.

Consequências e próximos passos

Após o trânsito em julgado das sentenças, o Superior Tribunal Militar (STM) será acionado para avaliar a perda de patente ou posto dos militares condenados. Este julgamento e suas consequências marcam um novo capítulo na política brasileira, refletindo o endurecimento das penalidades para ações contra a democracia.

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