O ministro Alexandre de Moraes respondeu às alegações da defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sobre a suposta nulidade de seu depoimento. Em sua análise, Moraes argumenta que Heleno, ao responder às perguntas, optou por uma postura que considerou evasiva. A declaração reacende o debate sobre a colaboração do ex-ministro nas investigações em curso.
A defesa de Heleno havia questionado a validade do depoimento, alegando possíveis irregularidades no processo. Contudo, Moraes rebateu essa alegação, enfatizando que o ex-ministro teve a oportunidade de permanecer em silêncio, mas escolheu responder, ainda que de maneira considerada pouco esclarecedora. Essa decisão, segundo o ministro, compromete a tese de nulidade apresentada pelos advogados.
Moraes, em sua manifestação, sugere que a escolha de Heleno por responder de forma evasiva configura uma quebra de silêncio estratégica, com o objetivo de modular a informação prestada. “Ao optar por responder, ainda que de maneira que considero evasiva, o ex-ministro violou o próprio silêncio”, teria afirmado Moraes em sua decisão, conforme fontes próximas ao caso. A interpretação do ministro lança nova luz sobre a participação de Heleno nas investigações.