Investigação revela negligência dos pais em caso trágico em Paulista.
Criança de dois anos morreu em Paulista e corpo foi encontrado após 24 horas no sofá da casa dos pais.
Morte de filho de casal incestuoso
Um caso de negligência parental chocou a comunidade de Paulista, no Grande Recife, após a morte de uma criança de dois anos. O menino, que teve uma convulsão, foi encontrado morto no sofá da casa onde residia com seus pais, que são irmãos e mantêm um relacionamento incestuoso. O corpo da criança foi descoberto 24 horas após a morte, levantando questões sobre a conduta dos responsáveis e a intervenção das autoridades.
O que ocorreu na residência
O incidente aconteceu no dia 31 de agosto, quando o menino convulsionou em sua casa. No entanto, seus pais não procuraram ajuda médica, mesmo morando perto de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O corpo foi encontrado apenas na tarde do dia seguinte, por um vizinho que notou a ausência do garoto e acionou a Polícia Militar. Ao chegarem ao local, os policiais não conseguiram contato com os moradores, e foi somente após o pai se manifestar que a situação foi devidamente investigada.
A Polícia Civil registrou o caso como “morte a esclarecer, sem indício de crime”, mas a investigação continua. Os pais, com idades de 18 e 24 anos, foram levados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prestaram depoimento e foram liberados posteriormente. Segundo a conselheira tutelar Claudia Roberta, o casal não soube explicar por que não buscaram socorro para a criança. Os vizinhos relataram que o casal apresentava comportamento negligente com os filhos.
Negligência familiar
A situação gerou grande comoção na vizinhança, onde muitos acreditam que a negligência dos pais contribuiu para a tragédia. “O menino convulsionou, e eles tentaram reanimá-lo, mas não ligaram para os serviços de emergência”, contou a conselheira. Ao entrar na casa, ela observou a presença de muitas pessoas, que demonstravam indignação e preocupação com a situação da criança.
O casal já havia enfrentado problemas com a Justiça anteriormente, quando o menino foi acolhido uma vez pelo Conselho Tutelar devido à negligência. Contudo, o juiz decidiu devolver a criança aos pais, o que mostra uma fragilidade no sistema de proteção. A irmã do menino, uma bebê de nove meses, foi retirada do lar e encaminhada para uma casa de acolhimento, onde está sendo monitorada.
O papel das autoridades
As autoridades agora investigam não só as circunstâncias da morte, mas também a situação geral da família. O caso destaca a importância da avaliação de lares com histórico de negligência, bem como a necessidade de medidas eficazes para proteger as crianças envolvidas. Fontes do setor afirmam que a falta de intervenção em situações como essa pode resultar em tragédias evitáveis.
O que fica claro é que o caso do menino de dois anos não é um incidente isolado. Ele revela um padrão preocupante de negligência que pode existir em outros lares. As autoridades devem agir para garantir que crianças em situações semelhantes recebam a proteção necessária. A comunidade agora aguarda respostas e ações efetivas que possam prevenir futuros casos de abuso e negligência.
As consequências desse caso ainda estão sendo discutidas entre os moradores e as instituições envolvidas. A vigilância sobre famílias em situações vulneráveis deve ser intensificada, e a sociedade deve se mobilizar para garantir que tragédias como essa não se repitam. O que se espera é que a investigação leve a ações concretas que possam proteger as crianças e responsabilizar os responsáveis pela negligência.